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Trajetória do ex-vice José Alencar

O ex-vice-presidente José Alencar, que morreu esta terça-feira, 29, começou a trabalhar na infância e construiu um império no ramo têxtil

Redação Publicado em 29/03/2011, às 15h51 - Atualizado às 16h54

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José Alencar - Reprodução
José Alencar - Reprodução
O ex-vice-presidente José Alencar, que morreu esta terça-feira, 29, depois de lutar 13 anos contra o câncer, nasceu em Muriaé (MG), em 17 de outubro de 1931. Foi senador pelo estado de Minas Gerais e vice-presidente do Brasil de 1° de janeiro de 2003 a 1° de janeiro de 2011. Além disso, foi um dos maiores empresários do estado de Minas Gerais. Construiu um império no ramo têxtil, sendo a Coteminas sua principal empresa. Elegeu-se vice-presidente da República do Brasil na chapa do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva , em 2003, conseguindo a reeleição em 2006. Trabalho na infância Filho de Antônio Gomes da Silva e Dolores Peres Gomes da Silva, ele começou a trabalhar com sete anos de idade, ajudando o pai em sua loja. Tinha 14 irmãos e irmãs. A partir dos 15 anos, trabalhou como vendedor em várias lojas. Aos 18 anos, abriu a sua primeira empresa, chamada A Queimadeira, em Caratinga (MG). Vendia diversos artigos: chapéus, calçados, tecidos, guarda-chuvas, sombrinhas, etc. Em 1963, criou a Companhia Industrial de Roupas União dos Cometas, que mais tarde passaria a se chamar Wembley Roupas S.A. Em 1967, fundou, em Montes Claros, a Companhia de Tecidos Norte de Minas, Coteminas. Em 1975, inaugurou a mais moderna fábrica de fiação e tecidos que o país já conheceu. A Coteminas cresceu e hoje são 11 unidades que fabricam e distribuem os produtos: fios, tecidos, malhas, camisetas, meias, toalhas de banho e de rosto, roupões e lençóis para o mercado interno, para os Estados Unidos, Europa e Mercosul. Carreira política Em 1994, candidatou-se às eleições para o governo de Minas Gerais e, em 1998, disputou uma vaga no Senado Federal, elegendo-se com quase três milhões de votos. Ao assumir o cargo de vice-presidente, em 2003, foi uma voz discordante dentro do governo, contra a política econômica defendida pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, que mantinha os juros altos na tentativa de conter a inflação e manter a economia sob controle. Já a partir de 2004, passou a acumular a vice-presidência com o cargo de ministro da Defesa. Em 2006 renunciou para poder participar das eleições do mesmo ano. Em 25 de janeiro de 2011, recebeu a medalha 25 de janeiro da Prefeitura de São Paulo. Ao entregar a medalha ao ex-vice-presidente, a presidente Dilma Rousseff ressaltou: "Eu tenho certeza de que cada brasileira e brasileiro deste imenso país gostaria de estar agora em São Paulo - esta cidade-síntese do espírito empreendedor do país que completa hoje 457 anos de existência - para entregar junto conosco a Medalha 25 de Janeiro ao nosso eterno vice-presidente da República, José Alencar". Problemas de saúde José Alencar possuía um delicado histórico médico. A partir do ano 2000, enfrentou um câncer na região abdominal, tendo passado por mais de 15 cirurgias - uma delas com duração superior a 20 horas. Em sua longa batalha contra o câncer, submeteu-se a um tratamento experimental nos Estados Unidos. Em 2010, após repetidas internações e intervenções médicas, decidiu desistir de se candidatar ao Senado. No final de seu mandato como vice-presidente, em 2010, apresentava um complexo estado de saúde. No dia 22 de dezembro de 2010, foi submetido a uma cirurgia para tentar conter uma hemorragia no abdômen. No dia seguinte Lula e a então presidente eleita Dilma Rousseff visitaram-no no hospital Sírio-Libanês em São Paulo. Ele voltou a ser internado em março de 2011 e morreu esta terça-feira, 29, devido a uma parada cardíaca em decorrência da falência múltipla dos órgãos.