Ela, que há 2 anos vive romance secreto com cantor, admite que já sentiu verdadeira agonia dele
Redação Publicado em 07/06/2011, às 13h55 - Atualizado em 08/06/2011, às 01h28
Apesar de evitar falar da sua relação com Chico Buarque (66), com quem é vista há dois anos em shows, jantares e passeios pelas ruas do Rio, a cantora Thaís Gulin (31) conta que as lembranças que guarda dele na sua infância não são realmente das melhores. "Minha mãe, Sandra, ouvia músicas pesadas dele, como Cálice, ou coisas desse tipo, em vez de Saltimbancos, e eu tinha uma verdadeira agonia dele. Na época, queria mesmo era escutar Balão Mágico", recorda a intérprete, que autografou em uma livraria da zona sul carioca o seu segundo CD, intitulado ôÔÔôôÔôÔ, lançado há um mês. Durante a noite do evento, ela foi prestigiada por Miúcha (73), a irmã mais velha de Chico. "Eu sou a sua garota-propaganda; ou melhor, a cunhada-propaganda", brincou a também cantora, exibindo nas mãos o álbum de Thaís, que nasceu em Curitiba e está radicada no Rio há oito anos.
A discrição do romance retrata a personalidade arredia de Chico, que não foi ao lançamento e é 35 anos mais velho do que ela. Desde a separação de Marieta Severo (64), mãe de suas três filhas, Silvia (42), Helena (40) e Luísa (35), em 1997, após 30 anos, ele jamais assumiu qualquer relacionamento, mesmo já tendo aparecido na companhia de diferentes mulheres. O único affaire do cantor que se tornou público foi a fotógrafa e produtora de eventos Celina Andrade Lima Sjostedt (40), com quem foi flagrado trocando beijos e carinhos em um banho de mar na praia do Leblon, bairro onde mora, em 2005. Já Thaís e o compositor saem juntos desde abril de 2009. Em novembro daquele ano, os dois estiveram em um restaurante de comida italiana no Leme e depois foram embora no carro dirigido por Chico. "Somos apenas amigos. Saímos algumas vezes para jantar", costumava dizer ela na época.
A cantora conta ter começado a gostar da obra do artista quando entrou para o Conservatório de Música. Há quatro anos, ela gravou seu primeiro disco, homônimo, em que incluiu no repertório as canções Hino de Duran e Lua Cheia, ambas composições de Chico. A parceria entre os dois foi reforçada no novo CD de Thaís. Foi ele que escreveu a letra de Se Eu Soubesse e divide com ela a interpretação dos sugestivos versos "Ah, se eu soubesse não andava na rua/Perigos não corria/Não tinha amigos, não bebia/Já não ria à toa/ Não enfim, cruzar contigo jamais/ Ah, se eu pudesse te diria na boa/ Não sou mais uma das tais/Não ando com a cabeça na lua./Nem cantarei 'eu te amo demais',/Casava com outro se fosse capaz/Mas acontece que eu saí por aí/E aí, larari larari larari larara". Encantada, Thaís explicou a parceria. "A música é só dele, mas a gente fez o arranjo no estúdio. Quando coloquei a voz guia nela, pensei em chamá-lo para participar comigo. Parecia que, realmente, ele precisava estar ali, naquela letra, naquela coisa toda que ele criou, que é a cara do disco", ressalta.
A artista explicou que desde o CD de estreia recebeu fortes influências de pessoas que admira, o que acabou se refletindo no trabalho recém-lançado. "Meu primeiro álbum, fiz sem muita pretensão e todos os compositores que gravei me ligaram ou me escreveram, o que me surpreendeu. Além das duas músicas do Chico, tinha Zeca Baleiro, Toquinho, Tom Zé, Jards Macalé, Otto, Nelson Sargento... Comecei a conhecer pessoas que me emocionam profundamente. O Tom Zé escreveu um e-mail lindo e, a partir daí, a gente passou a se falar. O Chico, também. Então, mudou muita coisa para mim. Por isso, demorei tanto do primeiro para o segundo disco, até porque eram pessoas tão enriquecedoras que a minha forma de escrever se transformou completamente por ter convivido com elas", analisa a curitibana, considerada um dos novos talentos da MPB.
Thaís se interessou pelas artes ao participar de oficinas de interpretação com o diretor Gerald Thomas (56). Entretanto, formouse em Administração de Empresas pela PUC do Paraná antes de seguir de vez a carreira musical. Foi ela que escreveu cinco das 13 faixas de ôÔÔôôÔôÔ, inclusive a primeira, um samba que dá nome ao projeto. "Conta a história de uma mulher que destrói o desfile da sua escola, bota fogo nos carros, amarra as mulatas com as cordas dos bandolins, atravessa o samba, detona tudo para se vingar de um homem. Letra e música são minhas", orgulha-se ela que, por não ser carioca, imprime um frescor ao ritmo. Segundo a cantora, a música foi criada no dia em que saía para desfilar, no ano passado, pela Mangueira, escola de coração de Chico. "Meus amigos diziam que não decoraria o samba, que era distraída. Fiquei chateada. Quando o táxi chegou para me levar ao sambódromo, parei no quarto, peguei o violão e a canção veio, inteira, com melodia e tudo mais. Queria tanto me vingar dessas pessoas, que acabei compondo esse antissamba", brinca ela, que assina também Horas Cariocas, Quantas Bocas, em parceria com Ana Carolina (36) e Kassin (36), The Glory Hole, também com Kassin e Alê Siqueira (38), e Frevinho, com Moreno Veloso (38). No CD, há ainda Revendo Amigos, de Jards Macalé (68) e Waly Salomão (1943-1973), e Ali Sim, Alice, de Tom Zé (73), entre outras. Thaís conta que sua inspiração para esse trabalho foi a Cidade Maravilhosa. "Estava sentindo um amor profundo pelo Rio e fiquei dois anos escrevendo, fazendo o disco. Foi uma busca muito interna", explica ela, que já estreou a turnê divulgando o álbum em sua cidade natal e fará ainda shows no Rio, São Paulo e Salvador.
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