Após sete horas de julgamento, veredicto do caso John Galliano foi marcado para o dia 8 de setembro. Caso seja condenado, o estilista poderá cumprir até seis meses de prisão e pagar 22.500 euros de multa
Acusado de ter feito comentários antisemitas e racistas, John Galliano (50) compareceu ao tribunal Palais de Justice em Paris, França, na tarde desta quarta-feira, 22, para o julgamento. Assim como Aurélien Hamelle, advogado de Galliano, já havia declarado, a defesa alegou tripla dependência de álcool e drogas.
“Eu tenho um vício triplo. Segui um programa de reabilitação, passei dois meses no Arizona, ainda estou sendo tratado e passei dois meses na Suíça”, disse durante o julgamento. “Eu sou um alcoólatra em recuperação”.
Questionado pela juíza, o ex-estilista da Dior afirmou não se lembrar de nada. “Eu não tenho nenhuma lembrança dos eventos. Eu li sobre eles mais tarde”.
Depois do depoimento de Galliano, a primeira vítima a ser ouvida foi Geraldine Bloch e, em seguida, seu companheiro, Philippe Virgitti, insultados em fevereiro deste ano no bar La Perle. Fathia Oumeddour, que teria sofrido discriminação semelhante em outubro de 2010, não compareceu ao julgamento.
Em seguida, três testemunhas foram interrogadas. Duas afirmaram não terem ouvido qualquer insulto ser pronunciado por John Galliano, enquanto a terceira revelou ter escutado declarações como ‘não toque em mim seu asiático’.
Após assistir ao vídeo da acusação, Galliano desculpou-se pela ofensa e afirmou que as palavras pronunciadas não refletem seu pensamento. “As coisas de que tenho sido acusado hoje não é o meu ponto de vista. Durante toda a minha vida lutei contra o preconceito e também fui vítima dele. Peço desculpas por toda a tristeza que causei”. O estilista também revelou que não trabalha desde a sua demissão.
Após sete horas de julgamento, foi decidido que a sentença deverá ser anunciada no dia 8 de setembro. Caso seja condenado, John Galliano poderá cumprir até seis meses de prisão e pagar 22.500 euros de multa.