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Saiba quais são os doentes que mais têm benefícios ao fazer equoterapia

Redação Publicado em 30/04/2013, às 11h23 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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A equoterapia é uma técnica terapêutica e educacional realizado sobre o cavalo com o objetivo de controlar ou curar distúrbios e doenças. Trata-se de um “braço” da fisioteparia, que foi criado na Grécia antiga pelo Pai da Medicina, Hipócrates (cerca de 460-377 a.C.).

O médico começou usando-a no tratamento de portadores de insônia e viu que melhoraram muito. Em seu Livro Das Dietas, recomenda a equitação para restaurar a saúde e preservar o corpo humano de muitas moléstias. De outro lado, há na história da França registros de sua utilização como terapia complementar da Medicina tradicional, a chamada alopatia.

Mas ela ganhou força especial nos anos 1950 do século XX a partir da Dinamarca e evoluiu muito. Hoje, Alemanha e Suíça são os países que mais a conhecem e usam. Esse tipo de terapia já é reconhecido pelas entidades mundiais de saúde, como ocorre com a homeopatia, a acupuntura, pilates e inúmeros outros.

A equoterapia chegou ao Brasil apenas em 1989. A Universidade de Santo Amaro (Unisa), na capital paulista, foi a primeira no País a criar, em 1997, um curso de extensão universitária em Equoterapia. A prática pode ser realizada tanto por profissionais da área da saúde, quanto da educação e da equitação. A entidade que os congrega é a Associação Nacional de Equoterapia (Ande-Brasil), com sede em Brasília. O método terapêutico foi reconhecido no ano de 1997 pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

A equoterapia pode ser feita tanto com o praticante sozinho na cela do cavalo, se tem condições, quanto levado pelo equoterapeuta ou por alguém de sua equipe. Destina-se a pessoas de todas as idades e objetiva benefícios físicos e psicológicos no tratamento de pessoas com deficiências provocadas por lesões no cérebro e na espinha; deficiências sensoriais; distúrbios de evolução e comportamento; e doenças ortopédicas congênitas ou resultantes de acidentes. O tipo de tratamento e o tempo de duração são estabelecidos de acordo com as características do praticante e os objetivos que se tem para ele, claro.

Quem mais tem se beneficiado com a equoterapia, mostram as pesquisas, são os portadores de paralisia cerebral, traumatismos cranioencefálicos e autismo; e pessoas com distúrbios psiquiátricos como depressão, insônia, esquizofrenia, síndrome do pânico, estresse e déficit de atenção e hiperatividade.

Não podem fazer equoterapia, naturalmente, aqueles que têm desvio e/ou instabilidade acentuados na coluna vertebral, luxação no ombro e/ou no quadril, fruxidão nos ligamentos das vértebras da coluna e feridas nos glúteos, porque podem ter o seu quadro agravado.

O ideal, se você precisa de tratamento ou deseja levar alguém conhecido ou da família para se tratar, é consultar ou levá-los a um especialista em um centro no qual alguém que você conhece se trata ou se tratou. Nem sempre é fácil encontrá-lo, porém, porque ainda não temos centros de equoterapia suficientes em todo o Brasil. Boa alternativa, caso tenha dúvida, é consultar a Ande-Brasil — site www.equoterapia. org.br ou tel. (061) 3468-7092 — para saber quais são os centros disponíveis em sua região, Estado ou cidade. Infelizmente, o tratamento ainda não tem cobertura dos planos de saúde.