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Famosos acreditam no Rio 2016

Fernando Meirelles, Hortência, Gustavo Borges, Cesar Cielo, Luciano Huck e outros famosos festejam a escolha do Rio de Janeiro como sede da Olimpíada de 2016

<i>por Thais Arbex</i><br><br> Publicado em 06/10/2009, às 12h23 - Atualizado em 20/10/2009, às 15h41

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Pelé e o presidente Lula emocionados se abraçam na sede do COI - Pawel Kopczynski/Reuters
Pelé e o presidente Lula emocionados se abraçam na sede do COI - Pawel Kopczynski/Reuters
Dias antes de a cidade do Rio de Janeiro ter sido a escolhida para sediar os Jogos Olímpicos de 2016, um clima de otimismo tomou conta de todo o Brasil. E como não poderia deixar de ser, muitos famosos se engajaram na campanha pelo Rio 2016 e, na última sexta-feira, 2, às 13h50, no horário de Brasília, o Brasil comemorou o anúncio do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COI), Jacques Rogge, feito durante cerimônia realizada em Copenhague, na Dinamarca. Luciano Huck foi um dos que mais se envolveu com a decisão do COI. Antes do anúncio, o apresentador do Caldeirão do Huck fez questão de defender sua posição. "De fato, acredito que é um evento importante para o Brasil. Vai valorizar o esporte, para mim um dos melhores caminhos para inclusão social". Para ele, a Olimpíada no Brasil trará "investimentos em estrutura, segurança e, principalmente, respeito e patrocínio aos nossos atletas." A cidade maravilhosa, que dá à América do Sul a oportunidade de, pela primeira vez, sediar os jogos e mostrar que é capaz de organizar e realizar um grande evento, foi eleita impondo uma derrota a Madri (Espanha). O placar foi de 66 a 32 votos em favor do Brasil. Na eleição, Chicago (EUA) e Tóquio (Japão) foram eliminadas nas primeiras rodadas da votação, e se viram obrigadas a aplaudir a comitiva brasileira. "Fazia 13 anos que eu não sentia essa emoção. Desde que parei de jogar, foi a emoção mais forte que já tive", revelou Hortência, que estava na comitiva do Brasil em Copenhague. Ao lado dela, o escritor Paulo Coelho também celebrou. Ele, que havia prometido que, se o Rio de Janeiro vencesse a disputa pela sede dos Jogos de 2016, "plantaria bananeira" na Praia de Copacabana quando a Olimpíada começasse, garantiu que vai cumprir a promessa. "Se eu estiver vivo (nunca se sabe), claro que vou plantar bananeira com 70 anos, em Copacabana. Começo a treinar dois anos antes", declarou. A ex-jogadora e atual diretora de basquete feminino da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) contou que agora, depois da decisão do COI, é preciso que os esforços se voltem para a realização de uma política esportiva no país. "Até agora, não tínhamos nenhuma política voltada para o esporte. Foi dada a chance de o Brasil se tornar uma potência olímpica e não podemos desperdiçá-la", afirmou. Entre os diversos motivos que fizeram com que o COI desse a sede da Olimpíada de 2016 ao Rio de Janeiro, um deles pesou mais na escolha da entidade. Votar pelo Rio significaria escolher um novo caminho no movimento olímpico, universalizar os jogos e desfazer as injustiças. A decisão do COI confirmou que o fato de fazer os Jogos Olímpicos em um continente que nunca tinha realizado o evento foi determinante para os votos de seus membros. "Isso me deixa feliz. Eu não estarei mais na presidência, mas estarei como cidadão, colocando o melhor que puder para este evento. Respeito é bom, nós damos e gostamos de receber. Hoje nós recebemos este respeito", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda com lágrimas nos olhos, logo depois do anúncio. "O Rio de Janeiro tem alma, tem coração", completou. Trabalho, a palavra de ordem Mas todos concordam que há muito que fazer. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) prevê investimentos de cerca de R$ 30 bilhões para a construção dos estádios e a execução de toda a infraestrutura. Das 33 instalações previstas para os jogos, dez já estão prontas. Oito vão passar por reformas, 11 serão construídas e quatro estruturas serão temporárias. Por isso, logo depois do anúncio e da emoção de ouvir "Rio de Janeiro" da boca de Jacques Rogge, a palavra de ordem que começou a circular ainda em Copenhague, era trabalho. "O que o COI decidiu hoje vai aumentar a nossa responsabilidade enquanto brasileiros, nós temos consciência do que é preciso fazer. A palavra de ordem agora é trabalho, trabalho, trabalho", disse o presidente Lula. Entre todas as opiniões, há uma em que todos concordam: os Jogos Olímpicos de 2016 podem trazer o incentivo e o respeito que faltavam ao esporte no Brasil. Para o ex-nadador Gustavo Borges, se as promessas forem cumpridas, haverá muitas "mudanças benéficas para o Rio, que incluem a melhoria na rede de transportes, a despoluição e a revitalização de áreas degradadas, sem falar na economia e na divulgação do acesso ao esporte, que mais do que nunca estará em primeiro plano, funcionando também como motivação aos jovens atletas brasileiros". Para Fernando Meligeni, os Jogos Olímpicos no Brasil serão "uma prova de fogo ao país". De acordo com ele, é preciso ir além da discussão sobre se o país está ou não preparado. Todos os olhares devem se voltar agora para o "legado que a Olimpíada deixará, para a preparação e para a recuperação dos atletas que participarão dos jogos". Os jovens atletas César Cielo, campeão olímpico dos 50 metros nado livre, e Fabiana Murer, recordista brasileira e sul americana do salto com vara, que estiveram na última Olimpíada, realizada em Pequim, na China, acreditam que os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro abrirão portas para as crianças e jovens que não têm acesso ao esporte. "É muito bom poder ter esse evento aqui. Acredito muito que teremos a chance de ver o esporte crescendo no Brasil", afirmou Fabiana. "Os Jogos Olímpicos do Rio 2016 vão abrir muitas possibilidades. Teremos mais atletas competindo e uma motivação muito grande para as crianças praticarem esporte. Elas verão que dá para ser atleta de alto nível. Isso não é um sonho, é dedicação", disse Cielo, que bateu o recorde na prova dos 100 metros nado livre e garantiu o primeiro ouro do país no Mundial de Esportes Aquáticos, em Roma, na Itália e que, com os Jogos no Rio, terá a chance de disputar uma Olimpíada em casa. Cinema, a alma da campanha do BrasilFernando Meirelles, o cineasta brasileiro de maior projeção no exterior, foi o escalado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para comandar a série de vídeos que o Brasil apresentou ao Comitê Olímpico Internacional (COI). Foram sete meses de trabalho para serem produzidos sete filmes que foram apresentados ao COB ao longo do ano. "Os primeiros vídeos destacaram os aspectos mais técnicos do projeto Rio 2016. A emoção ficou para a apresentação em Copenhague, na Dinamarca, quando os membros do COI assistiram ao vídeos Celebration e Unity", contou Meirelles ao Portal CARAS. Todos os sete vídeos foram produzidos e dirigidos por ele em parceria com Renato Rossi, Paulo Caruso, Rodrigo Meirelles, Nando Olival e Cesar Charlone. Com duração de quatro minutos cada, Celebration e Unity foram mais emocionais de caso pensado e mostraram como o povo brasileiro é caloroso. "A ideia é que fossem bem emocionais. Um deles mostra a cidade do ponto de vista turístico: a paisagem, os restaurantes, atividades culturais e as atrações do Rio. O outro transmite o espírito dos cariocas e como eles vão receber bem os atletas do mundo inteiro. O clima da cidade e das pessoas ajudaram a unir o mundo", revelou Meirelles que, com a O2 Filmes, produtora da qual é sócio, foi escolhido para participar da campanha por meio de uma licitação. Apesar de acreditar que o Brasil ainda não está preparado para receber uma Olimpíada, Fernando Meirelles afirmou que "bota fé". De acordo com ele, "temos sete anos para nos preparar. A Copa do Mundo de 2014 será uma ótima oportunidade para treinarmos para o que deve ser feito dois anos depois.". Meirelles ainda acredita que essa oportunidade é única e foi conquistada com planejamento e muito trabalho, agora, é "levar o trabalho até o fim para que tudo dê certo."