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Rinite é mais frequente na época do frio e atinge metade da população

Por Marcos Roberto Nogueira Publicado em 05/07/2011, às 16h26 - Atualizado às 16h36

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Chama-se rinite a inflamação da mucosa do nariz. A doença é mais comum nos meses frios. Estima-se que possa atingir até a metade da população. As rinites dividem-se em infecciosas e não infecciosas. Infecciosas são as causadas por vírus, bactérias e fungos. Já as não infecciosas se dividem em alérgicas e não alérgicas. Ácaros, fungos, polens e pelo de animais são os principais causadores das rinites alérgicas. As rinites não alérgicas são desencadeadas sobretudo por mudanças climáticas, fumaça, perfumes, produtos químicos e de limpeza.

Os sintomas mais comuns das rinites são: congestão nasal, crises de espirros, coriza e prurido. Pode haver também dor facial, lacrimejamento e tosse. A rinite alérgica, vale destacar, apresenta um traço genético. Desse modo, se um dos pais é portador, os filhos têm até 60% de possibilidade de a apresentarem.

As rinites, infelizmente, interferem muito na qualidade de vida dos portadores. A obstrução nasal, por exemplo, não permite que durmam bem, o que atrapalha a vida pessoal, a capacidade de concentração e, portanto, o rendimento no trabalho.

Essas doenças, quando não tratadas, podem também ter complicações importantes. Elas causam inchaço no nariz, grande produção de secreção e, ao mesmo tempo, bloqueio em sua circulação. As bactérias do nariz ficam paradas, multiplicam-se, podem atingir as cavidades mais profundas na região e causar sinusite. Podem ainda ir a órgãos como ouvidos, traqueia, brônquios e pulmões, estendendo as infecções. Já a respiração pela boca facilita o surgimento de inflamação nas amígdalas, faringe e laringe. Os sintomas das complicações são: dor facial, febre, fotofobia, indisposição, falta de apetite e dor muscular. As complicações são tratadas com antibióticos.

Se você tem tendência a desenvolver rinite, pode prevenir-se tomando alguns cuidados. Lave o nariz com soro fisiológico toda noite. Tome 2 litros de líquidos diariamente. Mantenha a casa ventilada. Limpe-a com pano umedecido em água com substâncias acaricidas. Evite ar condicionado. Ponha uma toalha encharcada em uma bacia e deixe no quarto à noite. Não tenha animais domésticos. Use capas antialérgicas no sofá, cama e travesseiro. Vire o colchão e o ponha ao sol semanalmente.

Pessoas com sintomas de rinite devem consultar um otorrinolaringologista. Ele as avalia e trata dos sintomas. Com isso, já diminuem os riscos de complicações. Se o histórico clínico e o que foi constatado no exame físico indicarem que podem ter rinite alérgica, investiga-se a que fatores elas se devem. Pode-se fazer isso com um teste cutâneo: aplicam-se os alérgenos na pele do antebraço dos pacientes e, pela reação, se descobre aqueles a que são alérgicos. Crianças muito pequenas, portadores de doenças de pele e outras pessoas nas quais não se pode aplicar os testes fazem exame de sangue, por meio dos quais se constata a presença dos anticorpos específicos.

Pessoas que são portadoras de rinite alérgica cujos alérgenos são descobertos podem se tratar com vacinas hipossensibilizantes. O tratamento pode proporcionar uma melhora considerável dos sintomas e, consequentemente, da qualidade de vida. Quando não se descobre o que provoca a rinite, o tratamento se restringe aos cuidados ambientais e ao controle das crises com medicamentos sintomáticos.