Ninguém sabe ao certo o que vai acontecer, mas sem dúvida pode-se esperar um crescimento cada vez maior das atividades consideradas espirituais
Após o destacado avanço tecnológico de que somos testemunha, ocorrido especialmente durante as passagens de Urano e Netuno por Aquário, entre outros atributos, o signo da tecnologia; apreciaremos agora o ingresso de Netuno em Peixes.
Netuno é relacionado à espiritualidade, ou em geral aos mundos invisíveis, ou supra-sensíveis, a que a Humanidade, como dizia William Shakespeare, ainda não tem acesso definido.
E Peixes é o próprio signo regido por este planeta distante cuja consciência agora se aproxima. Retornando a Peixes após quase 170 anos, é como e voltasse à própria casa após longa jornada pelo infinito.
Quando esteve aí pela última vez, em meados do século XIV, surgiram grandes avatares da espiritualidade e do estudo da psique humana que até hoje reverenciamos, como Freud, Jung, Rudolf Steiner, Allan Kardec, Gurdjeff, Alice Bailey, Madame Blavatsky e entre muitos outros, Dane Rudhyar, o grande astrólogo humanista.
Nessa época presenciamos também um grande desenvolvimento do romantismo, tanto na arte, como na vida, a chamada “Belle Époque”, onde o espírito do amor se difundiu de várias formas pelo planeta, num prenúncio do idealizado “amor universal”, para os astrólogos também regido por mestre Netuno.
E assim, a partir dessa data e durante os próximos catorze anos teremos novamente o fenômeno da passagem de Netuno por seu próprio signo, onde encontra a maior força de expressão cósmica e planetária.
Evidentemente ninguém sabe ao certo o que vai acontecer, mas sem dúvida pode-se esperar um crescimento cada vez maior das atividades consideradas espirituais, o que na verdade já vem ocorrendo nestes dois séculos após a última passagem.
A idéia atual, porém, é que a verdade espiritual se torne parte intrínseca do conhecimento humano, dispensando cada vez mais as figuras dos “mestres” e “gurus” para desenvolver cada um a sua própria visão cósmica e espiritual.
E na contrapartida da frieza dos mundos tecnológicos e corporativos, deve se estabelecer uma retomada dos valores emocionais, tanto pessoais como familiares, gerando um grande número de reconciliações e uniões em favor da glória humana em sua expressão mais amorosa e afetiva.
Assim pode-se restabelecer o esperado equilíbrio entre a razão e a emoção, entre o masculino e o feminino, entre a lógica e a intuição, no sentido de tornar o homem mais completo e feliz em todas as suas dimensões tanto íntimas como sociais.
Nada, porém, vem sem preço; e o custo agora será a dissolução dos antigos paradigmas de competitividade e individualidade excessiva, onde os conceitos tão decantados de “winner” e “looser” devem dar lugar ao verdadeiro espírito da solidariedade e da colaboração.
Nem que para isso se faça necessário uma grande devastação.