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Mulheres com mais de 60 anos são as que mais sofrem com a artrose

por <b>Fabiano Rebouças Ribeiro</b>* Publicado em 21/10/2009, às 14h15 - Atualizado às 14h15

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A artrose se caracteriza pelo desgaste progressivo da cartilagem das articulações. Cartilagem é o tecido elástico esbranquiçado que evita o choque de ossos. Quando se forma uma fissura ou falha em uma delas, pode iniciar-se um processo de desgaste e resultar na artrose. O desgaste é de difícil controle. Com sua progressão, às vezes há crescimento ósseo anormal, o osteófito, conhecido popularmente como "bico de papagaio". A doença é mais comum na mulher a partir dos 60 anos, sobretudo nas juntas das mãos e nos joelhos, em consequência de osteoporose, atividades repetitivas e obesidade. Nos homens, ocorre mais nas juntas dos quadris, causada sobretudo por hereditariedade e sobrecarga. As causas podem ser desconhecidas, mais relacionada às características genético-hereditárias da pessoa, ou conhecidas, como infecções articulares anteriores, lesões nos meniscos dos joelhos, fraturas antigas, entorses e traumas articulares e estresse mecânico constante na articulação. Os sintomas iniciais são desconforto, cansaço e dor na articulação ao andar ou forçá-la. Com a progressão da doença, esses sintomas podem aparecer mesmo com a articulação em repouso. A dor piora aos poucos e a articulação se torna rígida e deformada. Pode ocorrer ainda aumento dos ruídos articulares durante os movimentos, inchaço, aumento do volume da articulação e falta de firmeza quando o portador a movimenta. Com o tempo, a dor tende a piorar após um período prolongado de repouso ou imobilidade da articulação, como ao dormir. O paciente acorda de manhã com dor intensa e dificuldade para movimentar a articulação. Durante o dia, melhora. Nos desgastes extremos, a dor não permite andar. O tratamento objetiva principalmente minimizar a evolução da doença e controlar as dores com bolsas de gelo, analgésicos e anti-inflamatórios. Fisioterapia e hidroterapia ajudam a recuperar os movimentos e a força muscular. Nas situações em que a dor não diminui, uma alternativa é fazer infiltrações com anti-inflamatórios. Durante o tratamento, pode ser necessário que o paciente use bengala ou muletas. O tratamento inclui ainda atividades de baixo impacto, como hidroginástica e natação, e dieta para perder peso. Hoje, entre as alternativas empregadas para evitar a progressão da doença estão remédios de condroitina e glicosamina. Quando todas essas tentativas não dão resultado, recorre-se à cirurgia. Há dois tipos: osteotomias e artroplastias. As osteotomias consistem de "cortes" ósseos para melhorar o alinhamento dos membros e a distribuição das cargas, evitando a progressão do desgaste articular; já as artroplastias consistem da substituição das articulações desgastadas e doloridas por próteses. Como é um processo evolutivo e ainda não se consegue curar a doença, o melhor remédio ainda é "economizar" a articulação. Faz-se isso diminuindo a prática de atividades de alto impacto, como corridas; usando bengala e/ou muletas; praticando atividades de baixo impacto, como hidroginástica, e exercícios de alongamento.