Reinventando o vintage.
Inspirada no interior desértico da Austrália, a dupla mais artsy da moda contemporânea, Kate e Laura Mulleavy, sugere dias frios pra lá de inesperados. Trabalhando elementos românticos sobre peças de alfaiataria, ela renova o visual do tailleurzinho básico em propostas que facilmente tomarão as ruas. Aqui, o blazer ganha lapelas duplas — de preferência largas e bicolores — e as saias modelagens transpassadas para adequação imediata à mais complicada das silhuetas. Outra boa opção para fugir da mesmice do guardaroupa de trabalho está nos tricôs de tramas grossas usados com vestidos esvoaçantes e cintos com fivelas esportivas marcando a cintura. Neste caso, o efeito surpresa fica por conta da mistura de cores intensas com as estampas gráficas. Ainda nessa onda casual, as jaquetinhas de couro, no melhor estilo aviador, chegam como alternativa interessante. A marca, que vem pautando sua trajetória na bemsucedida renovação do estilo vintage, não somente consagra este conceito, como também consegue apresentá-lo de uma forma ainda mais comercial. Da sofisticação na escolha dos materiais ao preciso mix de estampas entre tons pastel e cores terrosas, tudo por aqui gera desejo. Ombros em evidência e volumes pontuais trazem a medida certa entre vanguarda e vida real. As golas fechadas, verdadeira febre neste inverno, ora pedem modelitos curtos ajustados, ora se destacam sozinhas nos vestidos longos e vaporosos. E, para não deixar de lado as influências do universo das artes, tão recorrente em suas coleções, as designers elegem os acessórios como seus representantes. Abotinados com motivos tribais e saltos desenhados por faixas de areia colorida decoram os pés e enchem os olhos.