Harmonia do étnico, contemporâneo e primitivo na casa criada para top mostra de Decoração
Redação Publicado em 19/07/2011, às 14h51 - Atualizado em 08/08/2019, às 15h43
Em 28 anos de bem-sucedida carreira, a arquiteta Jóia Bergamo (52) deu forma a incontáveis lares e empreendimentos empresariais. Encontrar soluções que otimizem os espaços, incluam as novidades tecnológicas e respeitem o meio ambiente é tarefa árdua, mas que ela, às vezes, conclui de forma inusitada. “Gosto muito de trabalhar à noite. A inspiração surge até quando estou dormindo, chego a pular da cama e penso: ‘Achei a solução!’ Andando de bicicleta também; coloco um som, pedalo e as ideias aparecem”, conta ela, mãe de Giancarlo (34), Priscilla (32) e Cibelle Bergamo (30 ).
Ao apresentar a Casa Primal, o seu projeto na Casa Cor 2011, ao presidente da mostra, Angelo Derenze (48), ao casal Bia (45) e João Doria Jr. (53), presidente do Conselho da Casa Cor, com a filha, Carolina (9), e Anette (52) e Marcel Rivkind (58), com a herdeira, Giselle, Jóia revelou-se tão satisfeita com o resultado final que já nem lembrava das noites mal dormidas. “Este ano, completo 10 anos de Casa Cor e este projeto foi um verdadeiro presente. Fiquei muito feliz”, comenta a expert, que também assinou o Lounge CARAS nas duas edições mais recentes do São Paulo Fashion Week e, de novo, impressionou a todos com o seu estilo único, um mix de requinte, modernidade, vanguarda, apreço ao clássico e ousadia.
– Como foi criar uma casa inteira para a mostra?
– Esta é uma casa grande, vale lembrar. São 900m2 de área total, com 160m2 de área construída. A inspiração veio assim que recebi o convite. Fiquei praticamente dez dias hibernando, desenhando e criando. Feito isso, pedi a execução dos móveis às empresas que são minhas grandes parceiras. A casa saiu em 45 dias!
– Em quais estilos você se baseou?
– Ousei um bocado! Misturei o étnico, o contemporâneo e o primitivo. Se temos de sonhar, que o sonho seja grande, não é? Usei o contemporâneo porque é a minha marca, o étnico, porque gosto de fibras e de texturas e o primitivo porque queria incorporar outros elementos à obra.
– Tecnologia e sustentabilidade foram temas abordados na mostra. Como você os utilizou?
– O projeto tem um sistema de automação via iPhones e iPads que controla a iluminação, as persianas, o áudio, o piso aquecido... É uma coisa simples e que não é tão cara. Procurei também usar soluções sustentáveis, como o piso de madeira do deck, onde instalei a jacuzzi, e os detalhes em papel reciclado no closet.
– O que você destacaria nos ambientes da Casa Primal?
– No living, a lareira que é feita de aço corten, um material bruto, mais parece uma obra de arte. É como se eu tivesse colocado a mão na pedra da montanha e rasgado as entranhas da terra. No quarto, adoro a persiana de tecido ecológico e os comandos automizados. No banheiro, gosto muito da ‘brincadeira’ que fizemos com o piso, com pedras de seixo branco misturado a porcelanato. Alguns dos materiais utilizados na nossa cozinha foram lançados em Milão pouco antes da mostra e me surpeendi em poder usá-los aqui também. Isso é a verdadeira globalização! Hoje, temos acesso a qualquer coisa no mundo todo a qualquer hora.
– Você criou os mais recentes Lounges CARAS, no SPFW, e é fã de moda. Vê relação entre os mundos fashion e o do décor?
– Amo moda. Mas que mulher não ama? (risos) Para mim, moda e decoração seguem um caminho único. Cores, texturas, materiais... Tudo é meio ‘casado.’ O que acontece na moda, você vê também na decoração.
Veja o vídeo na TV CARAS:
