Satisfeito, o elenco da peça conta os altos e baixos da apresentação que abre a temporada
Redação Publicado em 10/07/2011, às 02h08 - Atualizado em 07/06/2012, às 23h24
Nem mesmo um problema técnico que impediu de a peça A Escola do Escândalo estrear na sexta-feira, 8, em São Paulo, no teatro Raul Cortez, passando a abertura de temporada para a noite de sábado, 9, atrapalhou o brilho do grande elenco dirigido por Miguel Falabella (54). “Se eu fosse dar uma nota seria 9. Ter adiado a estreia só nos possibilitou fazer mais um ensaio geral”, disse o ator Bruno Garcia (40), que interpreta o personagem José Fachada no texto do autor irlandês Richard Brindley Sheridan, adaptado por Falabella.
Entre o elenco a sensação de missão cumprida foi unanimidade. “Fiquei muito satisfeito”, disse o ator Marcelo Escorel (50). “Hoje cumprimos nosso dever. Temos que melhorar, mas acredito que tivemos um saldo positivo”, completou o ator Tonico Ferreira (63), que faz o comendador Pedro Atiça e substituiu Ney Latorraca (66), que participou da temporada carioca.
Para o ator Armando Babaioff (30) a estreia foi perfeita. “Entrei feliz e saí feliz. É um presente muito grande contracenar com grandes atores e ter a oportunidade de conhecer o outro. Eu, por exemplo, contracenei com a Cristina Mutarelli (55) que não conhecia e achei maravilhoso”. Para Rita Elmôr (37) a apresentação em São Paulo teve um gostinho diferente. “Estava com saudades do público paulistano, que é diferente, acho que é mais atento ao texto e fiquei muito feliz com a estreia”.
Apesar de todos concordarem com o sucesso da estreia, a atriz Maria Padilha (52) fez questão de ressaltar as dificuldades que o elenco teve para ensaiar a peça. “Não conseguíamos ensaiar aqui por causa do número grande de eventos neste teatro, mas graças ao Raúl Cortez, que dá nome ao teatro, conseguimos inspiração olhando para as fotos dele (há um grande painel no teatro com vários momentos do ator). Todos os atores foram muito guerreiros e conseguimos fazer um bom espetáculo”, disse ela, lembrando que uma peça precisa de um tempo para ficar afinada. “Acredito que na próxima semana o espetáculo esteja mais azeitado”. A atriz Jaqueline Laurence (78) concordou com a colega e acrescentou: “Tivemos sorte de dar tudo certo porque é um texto muito difícil. Tivemos que trabalhar muito, mas acho que o público reagiu bem e tivemos uma boa apresentação”. Para Chico Tenreiro (67) os problemas não atrapalharam a emoção da estreia. “Foi muita emoção. É um texto longo, mas que o público entende e gosta”.
Após temporada de sucesso no Rio de Janeiro, a peça com adaptação e direção de Miguel Falabella fica em cartaz São Paulo de 9 de julho a 18 de setembro. O espetáculo, encenado pela primeira vez no século 18, e que fala sobre a vida alheia, fofocas, intrigas e traições, é apresentado em dois atos e tem a duração de 2h15.
