Filha de Renato Aragão, Lívian, descarta seguir o universo das comédias e planeja atuar em novelas
Caçula dos cinco filhos de Renato Aragão (76), Lívian (12) tinha poucos meses de vida quando fez sua primeira aparição com o pai na TV. Desde então, os dois contracenaram várias vezes, como na minissérie Acampamento de Férias III – O Mistério da Ilha do Corsário, exibida semana passada, na Globo. Mas 2012 promete novidades na carreira da jovem atriz, herdeira do humorista com Lilian Taranto (44). Lívian pretende direcionar o foco para as novelas. Inclusive, fez testes para A Vida da Gente, atual trama global das 6, mas a estreia teve de ser adiada. “Foi difícil, nunca tinha feito teste. Fiquei nervosa. Devido à escola, não pude participar. Acredito que este ano vou diversificar”, assegurou, em sua casa, na Barra da Tijuca, Rio. Mas, antes de buscar o caminho da ficção, Lívian teve que convencer o pai. Desde seu nascimento, Renato nunca quis que ela trabalhasse com assiduidade na TV com medo de que os estudos fossem prejudicados. “Concordo com ele, minha escola é puxada, tem limite de faltas. Se tivesse feito novela logo cedo, atrapalharia bastante os estudos”, admitiu. Madura, ela garante que sempre soube conciliar as duas coisas. “Gravava nas férias porque tinha tempo livre. Então, fazia o que gostava e com os meus amigos. Basicamente, era a hora que me dedicava ao trabalho. Quero ter uma profissão bacana, mas também uma boa formação. No futuro, sei que vai valer a pena”, analisou ela, que faz ainda aulas de jazz, vôlei, violão e bateria. “Dependendo do dia, tenho uma rotina mais calma ou de roqueira. Gosto de música eletrônica. Meu pai também. Às vezes, escutamos por horas, ele até dança comigo.” Cercada por seus animais de estimação, as cadelas da raça collie Kimba e Kelly, o shitsu Lucky e a gata Lindsay, Lívian conta que já escolheu sua carreira universitária: vai prestar vestibular para Cinema.
– Você não vai seguir os passos de seu pai?
– É difícil fazer humor! Você nasce ou não para isso. Não tem essa de “vou virar engraçado”. Comédia, comigo, não dá certo.
– Tem receio de comparações?
– Nada disso. Se nascesse também com o jeito dele, faria e não ligaria para os comentários.
– Além do seu pai, em quem você se espelha?
– Admiro a Anne Hathaway e a Angelina Jolie. No Brasil, gosto muito da Carolina Dieckmann. Ela pode fazer qualquer papel, dá conta, é versátil. Agora, 2011 foi um ano meio novo para mim, entrei para a Ford TV, comecei a desfilar. Prefiro atuar, mas gosto da passarela, envolve moda, combinação de peças, gosto disso.
– Você segue tendências?
– Não, mas gosto do assunto. Às vezes, assisto a uma série e penso “que roupa legal”. Aí invento as minhas e combino tudo. E depende do programa. Se vou a uma festa, coloco uma saia, um vestido. Há um ano e meio gosto de desenhar figurinos. Curto andar pelo shopping, me inspiro nas vitrines das lojas. Mas não faria faculdade para ser estilista.
– Você é vaidosa?
– Tem dias que sim, outros não. Por exemplo, se chego da escola e preciso ir a outro lugar, faço uma maquiagem rápida. Agora, não tenho frescurinhas de ficar usando cremes. Mas sei que é importante se cuidar. Até meu pai é vaidoso.
– Quais conselhos recebe de Renato sobre a carreira?
– Meu pai está deixando eu escolher o que desejo fazer. Mas, no set, se preciso de ajuda, ele me explica como devo dizer uma fala, por exemplo. São coisas que levo para sempre. Agora, como entrei para a Ford TV, outros caminhos estão se abrindo. Não vou deixar de ser sua filha. Só que começa a saber que posso trabalhar sem ele.
– Você vai fazer 13 anos em fevereiro. Acha-se madura?
– Estou no meio termo. Brincar de boneca já passou. Mas tem dias que ainda me divirto de pique-esconde. É meio doido. Acho que sou mais adulta no trabalho.
– Gosta de ir a festas à noite?
– Não curto matinês. Mas quando minhas amigas fazem festas, eu sempre vou, é bacana.
– Renato estipula hora para chegar em casa?
– Antigamente era assim, agora ele libera mais. Sabe que vou à casa de uma amiga. Mas me liga a cada cinco minutos (risos) e não vai se deitar antes de eu chegar. É ciumento e cuidadoso, sou a mais nova. Os meus irmãos também já passaram por isso.
– Quando o assunto é namoro, ele ainda pega no pé?
– Às vezes, meu pai acha que tenho três anos, outras vezes, 16. É confuso, mas ele sentiu que estou crescendo, está mais relaxado para quando acontecer. Não acho legal ‘ficar’, é galinhagem. O menino não pode ser falso, pegajoso. E vai precisar ser engraçado.