Redação Publicado em 14/06/2010, às 16h11 - Atualizado em 16/06/2010, às 10h34
Sem medo de encarar mudanças, Letícia Birkheuer (31) define sua atual fase como um recomeço. Ex-jogadora de vôlei, modelo há 15 anos e atriz, a gaúcha de Passo Fundo decidiu aproveitar a experiência de quem já participou de mais de 500 desfiles e emprestou o rosto a campanhas de marcas de luxo como Dior, Chanel e Armani para criar sua própria grife de roupas, a LB. "Vivo um momento totalmente novo, algo inédito na minha trajetória. E não imaginava que isso fosse tão complicado!", desabafou, com uma mistura de euforia e ansiedade, referindo-se às decisões que vão da escolha de estampas de tecidos à aprovação do material para os catálogos. Com a ajuda da estilista Adriana Andrade, Letícia deu forma às ideias para sua primeira coleção, lançada no Rioà-Porter, do Fashion Rio, e no Terraço Daslu, durante a São Paulo Fashion Week. "Minhas peças são feitas para a mulher que gosta de brilhar. Quero que minha cliente chegue aos lugares e se sinta como eu quando entro na passarela", definiu.
Quando não está se dedicando ao novo empreendimento, Letícia ensaia para participar do quadro Dança dos Famosos, do programa global Domingão do Faustão. O treinamento lhe rouba cerca de três horas por dia, cinco vezes por semana, "O mais difícil para mim é ficar com a postura ideal para a dança e encontrar o equilíbrio. Para desfilar, preciso projetar a bacia para a frente", explicou ela, que passou na primeira semifinal da atração.
Solteira novamente há três semanas, após o fim do seu relacionamento de dois meses com o empresário do ramo industrial Thomaz Machado (31), a modelo é otimista ao falar da busca por um novo amor. "Acredito em casamento para a vida inteira. Sonho envelhecer ao lado de alguém, apesar de saber
que isso não acontece para muitos casais. Meu único receio é dividir o mesmo teto com alguém, já que moro sozinha há sete anos", sentencia.
Dois anos após sofrer um aborto espontâneo, da relação com o então noivo, o empresário Alexandre Birman (33), ela não esconde o desejo de engravidar novamente. "Quero ser uma mãe bem participativa, como a minha, Elvira, foi na minha vida", confessou Letícia.
- Você é namoradeira?
- Sou mais quieta do que pareço. Mas vou deixar de viver? Todo mundo namora. Não dá para ficar às escondidas. Já fiz e não deu certo. Vira relacionamento entre quatro paredes. O bom é ir ao cinema, viajar, sair com os amigos.
- Qual o pretendente ideal?
- Antigamente, não dava muita importância para o lado físico. Já namorei homem mais baixo, feinho. Mas, agora, considero a beleza importante. Por outro lado, corro de problemas. Quero alguém que vá construir algo, não que já tenha feito de tudo e eu fique no meio do bolo. Como não venho com bagagem, não gostaria de sair com um homem que tivesse ex-mulher e filhos. E nem com um que está começando a faculdade (risos).
- Já se relacionou com alguém que ganhasse menos que você?
- Já, mas é muito difícil porque os homens querem estar sempre à frente da mulher, não costumam aceitar que nós paguemos a conta. É preciso um equilíbrio de idade e gostos. Essa história de que os opostos se atraem não funciona.
- Ainda considera o casamento como algo muito importante?
- Aprendi, vivendo, que um homem só ama uma mulher de verdade quando quer se casar com ela. Esse negócio de apenas juntar os trapinhos para ver o que acontece soa como namorados que estão testando se a relação dá certo. Então, é melhor que cada um fique na sua casa. Não pretendo pôr um filho neste mundo para ter um pai que more em outro lugar.
- Como superou o aborto com três meses de gestação?
- Na época, eu tive que fazer terapia. Mas depois parei, porque sou uma pessoa essencialmente feliz. Acredito que na vida tudo tenha um momento certo para acontecer. Se já tivesse um filho, hoje não estaria conseguindo realizar as coisas que faço. Nós temos que aprender a aceitar o que Deus coloca no nosso caminho. Acredito muito em destino.
- O que esses recomeços que você viveu a ensinaram?
- Eu percebi que o tempo faz qualquer problema passar. Todas as coisas se transformam. E que tudo nesta vida tem jeito, acaba se resolvendo, menos a morte.
- Alguma coisa falta para a sua realização profissional?
- Gostaria de fazer um papel denso no cinema, com um diretor maravilhoso. Também quero atuar em uma novela das 8 da autoria de Gilberto Braga. Outro sonho seria participar de um musical no teatro.
- Seu perfil sofisticado dificulta conseguir trabalhos?
- Sim. As pessoas acabam se esquecendo de que fui criada no interior gaúcho, no meio do mato, de forma simples. Não sou rica.
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