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Jô Soares no 'Fantástico': 'Medo da morte é um sentimento inútil'

No quadro 'O Que Vi da Vida', Jô Soares comenta os momentos marcantes de sua vida e carreira

Redação Publicado em 23/09/2012, às 23h12 - Atualizado às 23h21

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Jô Soares - Rede Globo / Ricardo Martins
Jô Soares - Rede Globo / Ricardo Martins

O apresentador Jô Soares (74) foi o entrevistado deste domingo, 23, no quadro O Que Vi da Vida, do Fantástico, e abriu o seu coração sobre diferentes temas de sua vida. Quando o assunto foi a morte, ele foi categórico. “Medo da morte é um sentimento inútil, tenho medo de não ser produtivo. Citando o meu amigo Chico Anysio, perguntaram para ele: ‘Você tem medo de morrer?’, e ele disse: ‘Não, eu tenho pena’. Já estou firmando compromisso para daqui uns 30 anos”, afirmou ele.

Realizado com o seu programa nas noites da Globo, ele relembra o início de seu talk show, no SBT. “Quando eu tive a proposta de mudar de canal, foi a possibilidade de fazer o talk show. Fazer um programa diário foi ideia do Silvio: ‘Ou é diário ou não é. Se for só uma vez por semana não emplaca’. Intuição de tigre”.

O apresentador ainda diz que não é de sentir saudades do que passou. “Não sou saudosista nem um pouco, estou fazendo o que gosto e o que quero fazer. Nunca tive nada esquemático, era fazer, mais que pensar”. Mas, revela que é de chorar. “Sou um chorão de marca maior com coisas comoventes, com tristeza não”.

Com mais de 200 personagens em sua carreira, Jô diz que não se vê voltando a interpretar suas criações. “Não me vejo fazendo os mesmos personagens com a cara de hoje, não é mais a minha. Descobri também, sem querer, a grande vocação da minha vida, que é o programa que faço hoje, o que me dá mais alegria em fazer, me sinto vivo ali, o talk show. Ter uma pessoa que conversa bem com você é um dos prazeres mais gratificantes que existem”, comentou, completando com a criação do Capitão Gay, um de seus maiores sucessos. “Tive a ideia acordando no meio da noite, porque não tem um herói de gibi viado? Levantei da cama para escrever o quadro. Tem uma característica curiosa, poucos dos personagens tinham nome, eram mais conhecidos pelo bordão ou pelo quadro”.

Falando de sua carreira, Jô Soares diz que é vaidoso: “Eu sou muito vaidoso, claro, nunca escondi isso, qual artista não é vaidoso? Você já nasce querendo seduzir o mundo”, contou ele, que ainda falou de sua forma física. “Eu já era gordo. Gordinho é quase que preconceituoso, gordinho já deixa de ser gordo. Filho único, quando nasci, minha mãe já tinha 40 anos e tudo o que fazia já era aprovado. Pelo fato de ser gordo, já era muito exibido”.

O comunicador ainda relembra de sua infância. “As minhas lembranças da infância são da época do colégio interno, onde eu chorava muito, era uma coisa excessiva, sensibilidade quase gay. Se você não tivesse uma média de notas superiores a cinco, você ficava preso no final de semana, e eu tinha medo de passar o final de semana no colégio, eu chorava muito”, disse ele, que comentou sobre os seus estudos na Suíça. “Fui estudar na Suíça com 12 anos e voltei com 17 porque os negócios do meu pai foram por água a baixo. Lembro do meu pai chegando em casa e dizendo que amanhã já temos comida, depois de amanhã eu saio para batalhar”.

Ele também comenta o início da vida artística. “Acho que começou por acaso, como tudo. Fazer as imitações acabou me levando a lugares. Com 18 anos já tinha cargo importante e com 20 comecei nos programas da TV Rio”. Jô também falou do sucesso do programa A Família Trapo. “Foi o primeiro sucesso da televisão nacional, foi de 1966 até 1970. Saí um ano antes e assinei com a Globo”.

Ídolo para muitos, Soares lista os artistas que foram marcantes em sua vida. “Tem atores como o Oscarito, que eu achava um comediante fantástico. Peter Sellers, comediante e ator fantástico, um dos cinco maiores do mundo, como o Chico Anysio também. Chaplin influenciou a vida de todo mundo, sempre me fazia rir e chorar”.