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Intérpretes históricas elogiam Carminha e falam sobre o desafio de viver uma vilã

Susana Vieira, Cássia Kis Magro, Renata Sorrah, Christiane Torloni, entre outras atrizes que viveram grandes vilãs na televisão, elogiam a personagem Carminha de ‘Avenida Brasil’

Redação Publicado em 16/10/2012, às 21h19 - Atualizado às 21h32

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Susana Vieira, Cássia Kis Magro, Renata Sorrah e Christiane Torloni elogiam Carminha - Fotomontagem
Susana Vieira, Cássia Kis Magro, Renata Sorrah e Christiane Torloni elogiam Carminha - Fotomontagem

Sem dúvidas, Carmem Lúcia (Adriana Esteves, 42) de Avenida Brasil já tem lugar garantido no hall das grandes vilãs da dramaturgia brasileira ao lado de outras personagens como Odete Roitman (Beatriz Segall, 86) de Vale Tudo, Nazaré Tedesco (Renata Sorrah, 65) de Senhora do Destino e, mais recentemente, Tereza Cristina (Christiane Torloni, 55) de Fina Estampa.

O reconhecimento do potencial maquiavélico e do talento da atriz na trama de João Emanuel Carneiro (42) não é somente do público. As colegas de profissão de Adriana Esteves se rasgam em elogios quando questionadas sobre a genialidade de Carminha, a vilã da novela das 9.

Para Torloni, o potencial desta personagem está em sua natureza crível – algo que, na opinião da atriz, não ocorreria com sua Tereza Cristina. “A Carminha é de verdade, muito realista!”, avaliou. “A Tereza Cristina era meio desenho animado, mais caricato, não se apoiava na realidade”. Christiane ainda distribuiu elogios a Adriana Esteves. “O trabalho dela é bárbaro”, definiu.

Renata Sorrah, enraizada na memória coletiva pela malvada Nazaré Tedesco, vai adiante e diz que Carminha é uma de suas ‘herdeiras. “O mais engraçado é que a Adriana trabalhou na novela [‘Senhora do Destino’] interpretando a Nazaré novinha. As duas são vilãs engraçadas, por isso o público se identifica”, declarou. “Adriana está trabalhando divinamente bem. É uma grande atriz”.

Artista experiente, Cássia Kis Magro (54) também despertou raiva e admiração do telespectador com sua Melissa de Amor Eterno Amor. “As vilãs têm adjetivos maravilhosos! São amorais, arrogantes, narcísicas, perversas, livres, loucas, inteligentes e absolutamente poderosas”, afirmou a atriz, acrescentando que não há desafios em interpretar um personagem como este, quando se é uma grande e experiente atriz como Adriana Esteves. “E eu ainda tenho fé de ajudar a construir uma vilã cujo final seja de redenção, perdão e esperança”, completou.

Prestes a estrear na próxima trama das nove, Salve Jorge (que chega às telinhas no dia 22 deste mês), Claudia Raia (45) já está imersa no universo das antagonistas. Fã de Avenida Brasil e grande admiradora de Adriana Esteves, ela não acredita que sua vilã irá suceder Carminha. “É bobagem isso. São dois produtos muito diferentes, duas novelas extremamente diferentes. E é disso que o público gosta: a cada hora viver uma coisa com uma linguagem diferente de autores que são completamente distintos", explicou.

Na pele da perua Branca, de Por Amor, Susana Vieira (70) enriqueceu a carreira com a personagem. “Viver uma vilã em novela é uma experiência muito boa para nós artistas, pois nos dá a oportunidade de ser alguém completamente diferente de quem realmente somos”, definiu. “A Adriane Esteves está maravilhosa neste papel. Ela consegue fazer com que as pessoas sintam muita raiva e ao mesmo tempo se divirtam com suas loucuras também. Já até ouvi comentários de pessoas que elogiam a cara de pau da malvada e de pessoas que queriam dar uma boa surra nela”, riu Susana, deixando seu palpite sobre o desfecho da personagem. “Como telespectadora agora, queria muito que a Carminha se desse mal e pudesse pagar por toda mentira e maldade que ela carregou por uma vida toda! A mentira e o mal precisam ser punidos”.

Intérprete da presidiária Araci, que infernizou a vida da protagonista Norma (Glória Pires, 49) em Insensato Coração, Cristiana Oliveira (48) aprendeu muito vivendo uma vilã de novela. “Com o tempo, infelizmente, percebemos que estas pessoas realmente existem, por conta de passados tenebrosos, infâncias de abandono, rejeição e falta de afeto. Essas pessoas tornam-se frios, revoltados, amargos com a vida, vingativos”, avaliou. “Em minha opinião, a Adriana conseguiu com maestria dar a Carminha todas essas características. Será, com certeza, um marco na sua carreira e inesquecível para o telespectador”, concluiu.