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Idosos, crianças e fumantes estão entre os que mais têm pneumonia

por <b>Ciro Kirchenchtejn</b> (CRM 50579). Publicado em 06/01/2009, às 19h35 - Atualizado em 28/06/2010, às 10h41

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A pneumonia se caracteriza por inflamação por agentes infecciosos dos alvéolos dos pulmões, região mais nobre desses órgãos, onde é captado o oxigênio, gás essencial para o funcionamento das células, e eliminado o gás carbônico, que, quando em excesso no sangue, pode torná-lo muito ácido. Trata-se de uma doença comum. As estatísticas indicam que duas a 12 pessoas em cada grupo de 1000 a apresentam todo ano. Ocorre o ano inteiro, porém é mais freqüente durante o inverno. A doença é causada sobretudo por bactérias, mas também por outros microrganismos, como vírus, fungos e protozoários. Eles são contraídos ao se inalar a secreção bucal ou pelo ar, ao se respirar. Um terceiro grupo de microrganismos, entre eles o micoplasma, a clamídia e a legionela, provocam pneumonias com características especiais, por isso são chamadas atípicas. A pneumonia pode se manifestar em qualquer pessoa. Estão mais suscetíveis, porém, crianças com menos de 2 anos, cujas defesas orgânicas estão em desenvolvimento; idosos, devido ao declínio de sua imunidade e também porque em geral têm doenças neurológicas que favorecem a inalação de secreções bucais e outras, fragilizantes, como diabetes, insuficiência cardíaca e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC); fumantes, pelo fato de as substâncias do cigarro provocarem uma baixa em sua imunidade e o calor da fumaça danificar os cílios de suas vias respiratórias, encarregados de reter os microrganismos, evitando que cheguem aos pulmões; os alcoólicos, que costumam não se alimentar bem nem cuidar da saúde; pessoas que têm cáries dentárias, inflamações na gengiva ou sinusite crônica; os diabéticos; indivíduos que ficam muito tempo de cama; e, enfim, pessoas imunoprimidas. Os sintomas da pneumonia são: febre, tosse seca ou com catarro e dor torácica em pontada, que piora com a inspiração. Já falta de ar indica que o quadro é grave e queda da temperatura corporal a 35 graus ou menos, gravíssimo. O paciente precisa ser internado rapidamente. Pessoas com sintomas, especialmente com falta de ar e baixa na temperatura corpórea, devem ser levadas imediatamente ao serviço de emergência de um bom hospital. Apenas o médico é capaz de fazer uma avaliação correta do quadro e determinar o tratamento mais indicado. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 1 milhão de pessoas morrem todo ano de pneumonia no planeta. Uma forma de se proteger é tomando as vacinas contra a gripe e a bactéria pneumococo, que é o agente mais comum. Elas são eficazes para se evitar a pneumonia ou suas formas mais graves. Pode-se evitála também cuidando da higiene bucal, controlando as alergias respiratórias, o diabetes e a DPOC, parando de fumar e não ingerindo bebidas alcoólicas em excesso. Homens idosos, ainda não se descobriu por quê, morrem mais de pneumonia do que as mulheres idosas. Mas qualquer um pode ir a óbito. As principais indicações de gravidade são: confusão mental; redução na função dos rins, percebida pela diminuição na produção de urina; falta de ar, com aumento do esforço para respirar; e queda da pressão arterial. Metade dos doentes que apresentam estas cinco características vão a óbito. Em doentes que não as apresentam, a mortalidade é menor do que 1%.