Letícia Colin
Redação Publicado em 13/11/2008, às 18h33 - Atualizado em 11/10/2019, às 18h06
Qual o maior mico que já pagou?: Não me lembro agora... Qual foi a grande virada na sua vida?: Foi aos 17 anos quando entendi alguns questionamentos que estavam latentes dentro de mim, e senti que, independente do que viesse, eu viveria e trabalharia pra sempre envolvida com arte. Percebi que para viver de forma saudável e livre, eu precisava respirar sensibilidade, descobrir pulsações das personagens, criar, me envolver com intensidade no dia-a-dia do trabalho. E resolvi não ir contra minha natureza de enxergar as coisas por uma ótica diferente.
O que a faz rir?: Uma piada sarcástica com cara de verdade! Pesadelo?: Barulho de obra sábado de manhã! Sonho?: Viajar para a Índia. Ídolo de beleza?: Sophia Loren. Ídolo de competência?: Daniel Day-Lewis. Se não fosse atriz, o que seria?: Designer de capas de livros.
Ossos do ofício?: Entrar em cena pra viver uma história, sentindo as dores e delícias de uma personagem, sempre primando pela verdade e despudor, colocando uma marca sua sem se envolver integralmente pra conseguir voltar pra casa e levar uma vida "normal", criando sua própria vida. Religião (ou fé)?: Budismo e hinduísmo têm me atraído cada vez mais. Tem algum amuleto?: Pedras, palavras, músicas, pensamentos, pessoas... Se fosse empossada Imperatriz do Brasil, com poderes absolutos e não pudesse recusar a missão, qual seria o primeiro ato?: Convocar especialistas eestudiosos nas principais áreas de atuação social -principalmente filósofos e sociólogos bem velhinhos!- para uma reunião com ações imediatas.
Eleição?: Durkheim, Marx, Tocqueville e Weber. Pecado da gula?: Brownie com sorvete e calda de chocolate quente! Mania?: Ler mais de um livro ao mesmo tempo. Como vencer o estresse? Pintar uma tela sem medo, sem regras e com muitas cores! Dirigir devagarzinho pela orla, escutando mpb; respirar fundo com um mantra improvisado de bons fluidos; comer um prato bem especial junto com amigos do bem; ir ao cinema e ver um bom filme; ir ao teatro e se emocionar com a verdade e o calor dos humanos que estão na sua frente; pintar as unhas com uma cor diferente; conhecer um barzinho novo com amigas alto-astral... Indignação?: Ignorância acreditando que tem poder, razão e certeza inquestionável das coisas do mundo. Aplauso?: Prá minha prima Diedre, que aos 16 anos já tocava piano, flauta transversal, violão e canta feito um pássaro! Saudade?: De estar com meus primos, na chácara dos meus tios, em São Carlos (SP), correndo atrás do sorveteiro, e tomando dúzias de picolés de groselha! Cheiro gostoso?: De dia nascendo com grama molhada e barro laranja debaixo do pé de mexirica. Lembrança do primeiro amor?: Prefiro não comentar. Sexo na primeira vez?: Prefiro não comentar. Barraco?: Se é por ausência de delicadeza, bom-senso, preguiça, justiça ou falta de educação, vale à pena. Música da sua vida?: Oração ao tempo, de Caetano Veloso. Se fosse um bicho, qual seria?: Queria ser algum pássaro exótico... Coleção?: De ingresso/tíckets/convites/programas de filmes, shows e peças de teatro que já assisti. Cobiça?: Um passaporte bastante carimbado com lembranças especiais de cada marca de tinta! Qual o seu objeto de maior valor de estimação?: Minha agenda deste ano. Imagem marcante?: Da primeira vez que entrei num museu de artes plásticas...Foi na Argentina, estava bastante cheio, e vi obras de Renoir, Piero della Francesca, Botticelli...Eu vinha lendo muito sobre essas coisas e estava bastante ansiosa para ver de perto...Fiquei emocionada de um jeito muito diferente. Inigualável?: Subir o elevador do meu prédio depois do trabalho e da faculdade, me perceber exaurida e frágil e sentir gosto de um dia de dever cumprido.
