Talentos da música sertaneja, eles abrem o haras no interior paulista e falam de suas inspirações
Redação Publicado em 02/08/2010, às 16h26 - Atualizado em 15/10/2012, às 20h11
Há três anos e meio, o paulistano Fernando Fakri de Assis (29), o Sorocaba, cursava faculdade de Agronomia em Londrina, PR, e era apaixonado pela música. Por intermédio de um amigo ele conheceu Fernando Zorzanello (26), que nasceu em Rondônia, e também cantava no Paraná. A sintonia entre eles foi imediata e o resultado da parceria já rendeu três CDs, milhares de discos vendidos e recordes de público por onde quer que passem.
Com a carreira em ascensão, a dupla, que realiza cerca de 200 shows por ano, procura manter as raízes e, nos momentos de folga, corre para suas paixões. Fernando namora a psicóloga Mikelly Medeiros (25) há quatro anos e meio e se desdobra para encontrar a amada que vive em Cuiabá, MT. Já o solteiro Sorocaba é muito ligado à família. Sempre que arruma brecha na agenda, vai para o haras Rancho das Américas, em Porto Feliz, com os pais, Renata Nogueira Fakri de Assis (53) e José Carlos Assis (59), e as irmãs, Karina (27) e Juliana (20).
- Como tudo começou? Sorocaba - Nasci em São Paulo e fui criado em Sorocaba. Por isso, o apelido. Em paralelo à faculdade, tocava em barzinhos. Quando me formei em Agronomia, já me sustentava com a música e abandonei tudo para me dedicar à carreira artística. Depois que nos conhecemos, a carreira realmente deslanchou. O primeiro grande sucesso nacional foi Bala de Prata. Depois veio Paga Pau. Nosso diferencial é que todo o nosso trabalho é 100% autoral. Eu componho e Fernando cuida dos arranjos. Começamos com shows menores e, gradativamente, fomos conquistando nosso espaço, sempre com o nosso estilo. Somos muito fãs do country americano e introduzimos o violino e a gaita de boca nas nossas músicas. Além da carreira, um desejo que tenho é o de lançar artistas com um diferencial, assim como fiz com Luan Santana. Apostei em seu talento e compus para ele Meteoro e Você Não Sabe o Que é Amor.
Fernando - Antes de conhecer o Sorocaba, eu estava na batalha e já havia gravado três CDs.
- Qual a inspiração na hora de compor suas músicas? Sorocaba - Ela pode vir de várias maneiras. Me inspiro em conversas e em histórias que ouço de amigos. Tudo é caminho para abrir a imaginação. Priorizamos falar de algo diferente. Hoje ocupamos a segunda posição do segmento sertanejo no Ranking Crowley, que é como se fosse o ibope da rádio e contabiliza as composições mais executadas no Brasil.
- Qual o diferencial do estilo de música feita por vocês? Sorocaba - A linguagem do nosso sertanejo é mais jovem e urbana. Isso atraiu uma maior diversidade de público, tanto a elite quanto as pessoas mais simples.
Fernando - Não nos rotulamos como sertanejo universitário, mas uma coisa é certa: o nosso estilo de música veio para ficar.
- O que fazem nas folgas? Sorocaba - Adoro vir para este haras com a família. Cresci aqui, que hoje é uma central de reprodução equina, entre os cavalos criados pelo meu avô. Sou apaixonado por cavalos, monto, já fiz provas de laço, de tambor, de rédeas. Ganhei prêmios. Aqui é perfeito para relaxar, se desligar do trabalho. Também adoro reunir os amigos para um bom churrasco.
Fernando - Vou para Londrina ver meus pais ou para Cuiabá, onde fico com Mikelly e seus pais.
- Falando na Mikelly, como começou o amor de vocês?
- Nos conhecemos quando eu tocava em Cuiabá. Ela me ajudou muito no início da carreira, às vezes não tinha dinheiro para nada, nem para condução, e ela me levava para fazer os shows. Fui adotado pela família dela. Ela foi uma das pessoas que mais acreditou no meu trabalho. Amo Mikelly e quero ficar para sempre ao seu lado.
- Quais as qualidades dela?
- Ela é linda, companheira, tem carisma e me completa.
- E o namoro à distância?
- Ela mora em Cuiabá e eu viajo sem parar. No começo foi difícil, mas ela sempre teve consciência de que essa é a minha vida. Queremos nos casar ano que vem. Sonho muito em ter gêmeos.
- Sorocaba, você é solteiro, falta a musa das suas composições?
- Estou bem assim. Tenho minhas paqueras, mas pretendo constituir família. É claro que com uma musa ficaria bem melhor. (risos)
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