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Etimologia

Redação Publicado em 24/07/2012, às 13h42 - Atualizado às 14h55

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Barbeiro: de barba, do latim barba, mais o sufixo --eiro. O barbeiro é um dos profissionais mais antigos, tendo exercido também a Medicina desde os tempos medievais, por estar autorizado a fazer sangrias. Já o inseto transmissor da doença de Chagas, identificado pelo médico e sanitarista Carlos Chagas (1878-1934) como Trypanosoma cruzi, em homenagem ao amigo Osvaldo Cruz (1872-1917), é chamado barbeiro porque suas picadas deixam manchas vermelhas semelhantes a cortes de gilete ou navalha. O mau motorista tem esse nome porque, ao fazer as sangrias, muitos barbeiros punham em risco a vida dos clientes.

Coligação: do latim colligatione, declinação de colligatio, ligação, do verbo colligare, ligar-se a outro, fazer aliança. Uma foto em que o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (66) e seu ex-ministro da Educação e candidato à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad (49), aparecem abraçados e de mãos dadas com o ex-prefeito e ex-governador Paulo Maluf (80), em frente à residência deste último, a quem foram pedir apoio, tornou-se controversa referência das eleições municipais de 2012 na maior metrópole do País. A ex-prefeita e ex-ministra Luíza Erundina (77), ao ver a foto nos jornais, renunciou à candidatura de viceprefeita na mesma chapa. O autor do dicionário Aurélio, Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (1910-1989), tinha intenção de incluir malufar e malufício, já existentes na língua falada, em futura reedição.

Feminista: do francês féministe, palavra registrada em 1872, designando mulheres ligadas a ideias e movimentos contestatórios, inconformadas com práticas machistas. Nos Estados Unidos, uma das principais líderes foi a escritora Betty Friedan (1921-2006), autora de A Mística Feminina. As feministas alcançaram êxitos notáveis nas décadas de 1960 e 1970 e retornaram com vigor na primeira década deste século. Mas sem o pudor de antigas combatentes, em vez de queimar sutiãs em praça pública, uma ala nova, surgida na Ucrânia, vai às ruas sem eles, tirando a blusa, mostrando os seios e ostentando mensagens escritas sobre o corpo nu, tal como fez a linda e bem articulada estudante de história da Universidade Federal de Alagoas, a cearense Brígida de Souza (22), na passeata do grupo Tambores de Safo, no centro do Rio de Janeiro, em junho último, por ocasião da Rio + 20.

Hidromassagem: do prefixo grego hidro e do francês massage, do verbo masser, pressionar com as mãos partes do corpo de alguém, vindo do árabe mass, tocar, apalpar, tipo de relaxamento que começou nas saunas e depois se estendeu a academias e domicílios. Há algumas décadas, mansões, hotéis, motéis e até apartamentos e casas das classes alta e média passaram a contar com banheira de hidromassagem inventada em 1949 pelo imigrante italiano Candido Jacuzzi (1903-1986), por cujo sobrenome passou a ser conhecida. Em 1949, seu filho de 15 meses passou a sofrer de artrite reumatoide. Para aliviar as aflições da criança, o pai fazia-lhe massagens com jatos de água morna na banheira da casa. Foi quando teve a ideia de inventar algo que possibilitasse ao menino fazer as massagens sozinho quando o pai não estivesse em casa. E surgiu a banheira que se tornaria famosa em todo o mundo.

Pá: do latim pala, designando diversos utensílios, que vão da ferramenta para cavar ou remover terra, neve e carvão, à haste de uma hélice. Indica também grande quantidade, como nas expressões “pegou uma pá de coisas”, “ganhou uma pá de dinheiro”, “havia uma pá de gente na praça”. Está presente ainda na expressão “Fulano é da pá virada”, designando quem não quer trabalhar ou é rebelde, pois com a pá virada não se pode cavar ou carregar um veículo. Sardinha: do grego sárda pelo latim sarda, peixe de água salgada, abundante nas costas da região italiana à qual deu nome, a

Sardenha. O peixe está na expressão “puxar a brasa para sua sardinha”, surgida do costume de pescadores portugueses, ao assarem esse tipo de comida, desprezar a necessidade dos outros, ao redor da mesma fogueira, que também precisavam assar as suas sardinhas. O primeiro bispo do Brasil, dom Pero Fernandes Sardinha (1495-1556), voltava a Portugal para denunciar os jesuítas quando naufragou nas costas de Alagoas e foi devorado pelos índios caetés.