Leona Cavalli conta que até o assédio masculino aumentou após viver a cortesã de 'Gabriela'
A possibilidade de conhecer novos lugares e culturas sempre fascinou Leona Cavalli (42). “Viajar é a união de conhecimento, inspiração e lazer. Uma das coisas que mais gosto de fazer”, assegura. Em meio ao sucesso como a cortesã Zarolha, de Gabriela, a atriz conseguiu uma folga e visitou Madri, na Espanha, a convite da Trident. “É uma cidade bonita, bem cuidada. Como é verão, deu para aproveitar o clima ensolarado, com vento. Uma delícia passear a pé”, conta. Com 26 anos de carreira, Leona celebra um dos seus melhores momentos. A forma exuberante, 52 quilos em 1,65m, chamou a atenção já no primeiro capítulo, quando protagonizou cenas de nudez. “Talvez seja consequência da rotina saudável, de gostar do que faço, do prazer de viver”, ressalta, vegetariana há 10 anos. “Tomo muita água e faço exercícios. O cuidado com a saúde vem em primeiro lugar”, constata. Leona lembra ainda que nunca teve problema com papéis sexy. No teatro, já fez Geni, de Toda a Nudez Será Castigada, e Blanche Dubois, de Um Bonde Chamado Desejo, e no cinema, Rosário, de Cafundó, e Lígia, de Amarelo Manga. “Lido bem com a sensualidade, mas não me sinto símbolo sexual”, ressalta.
Solteira, a atriz diverte-se ao perceber que o assédio masculino também aumentou. “Em Gabriela, ficou um pouco mais direto, mas lido com bom humor. Procuro ter discernimento e percebo quando o interesse é na personagem ou em mim”, afirma. A atuação agradou tanto que Zarolha retornou à trama após ter deixado Ilhéus desiludida de amor, o que não ocorre na obra de Jorge Amado (1912-2001). “Se deve à soma dos trabalhos do autor, Walcyr Carrasco, do diretor, Mauro Mendonça Filho, da atriz e do amor do público”, diz ela, feliz por ter recebido um convite para encenar na Grécia o monólogo Máscaras de Penas Penadas.