Daniel e Chitãozinho lamentam a morte de Pena Branca, da dupla Pena Branca e Xavantinho, que faleceu na noite dessa segunda-feira, 8, após um infarto, em sua casa, em São Paulo
Redação Publicado em 09/02/2010, às 15h35 - Atualizado às 15h56
"Perdemos um grande representante da música sertaneja de raiz. Pena Branca era, além de excelente profissional, um ser humano exemplar, de bom caráter e que fazia a diferença", afirmou Chitãozinho sobre a morte do cantor José Ramiro Sobrinho, de 70 anos, o Pena Branca, da dupla sertaneja Pena Branca e Xavantinho.
O cantor Daniel, que ficou sabendo da morte do cantor na noite dessa segunda-feira, 8, por meio do maestro Mario Campanha, também lamentou a morte de Pena Branca. "Eu tive a honra de conhecê-lo e de ter amizade com ele. Gravei com Pena a música Cuitelinho, no primeiro CD do projeto Meu Reino Encantado. Ter a energia dele dentro do estúdio foi um grande privilégio para mim", confessou o cantor.
De acordo com Daniel, Pena Branca estava numa fase muito boa da vida, se programando para mudar para Minas Gerais com a esposa. "A música sertaneja com certeza perde muito nesta data, assim como aconteceu em 1999, quando perdermos Xavantinho", afirmou Daniel.
Pena Branca será enterrado às 17h no Cemitério Parque dos Pinheiros, na zona norte de São Paulo. Ele morreu após ter um infarto em sua casa, no bairro do Jaçanã, também na zona norte da capital paulista, na noite dessa segunda-feira, 8. Pena Branca foi levado para o hospital, mas não resistiu.
O cantor ficou conhecido no Brasil inteiro pela dupla com seu irmão, Ranulfo Ramiro da Silva, o Xavantinho, que morreu em 1999. Pena Branca nasceu em Igarapava, em 1939, e viveu boa parte da vida na cidade mineira de Uberlândia, onde nasceu Xavantinho em 1942. Em 1958 eles começaram a cantar, apresentando-se em uma rádio de Uberlândia. Em 1968, mudaram-se para São Paulo para tentar a carreira artística.
Em 1990, eles ganharam o Prêmio Sharp de melhor música, com Casa de Barro, e de melhor disco, pelo álbum Cantando do Mundo Afora. Em 1992, o disco Ao Vivo em Tatuí, com Ricardo Teixeira, deu um novo Prêmio Sharp de melhor disco à dupla.
Em meados da década de 1990, Pena Branca e Xavantinho iniciaram uma série de show internacionais, passando, inclusive, pelos Estados Unidos. Com a morte de Xavantinho, em 1999, Pena Branca continuou em carreira solo. Em 2001, o músico recebeu o Grammy Latino de Melhor Disco Sertanejo com o álbum Semente Caipira, gravado com o grupo Viola de Nóis. O último trabalho de Pena Branca é Cantar Caipira, de 2008.
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