No Rio de Janeiro para divulgar o filme 'Vingador do Futuro', o ator Colin Farrell elogia o diretor José Padilha, fala sobre o biquíni brasileiro e de seu trabalho no cinema
No Rio de Janeiro para divulgar o filme O Vingador do Futuro, o ator Colin Farrell (37)participou de uma entrevista coletiva no final da manhã da quinta-feira 12, no Hotel Marriott. Simpático e muito bem-humorado, ele disse que parece estar na cidade há uma semana e não há dois dias, tamanha a quantidade de atividades que fez desde a sua chegada.
“Ontem foi um dia que parece ter sido uma semana. Fui caminhando da praia de Copacabana a Ipanema, peguei um carro e fui ao Cristo Redentor, depois desci a pé e fui a uma cachoeira na Floresta da Tijuca e numa churrascaria pela segunda vez em dois dias”, contou ele, em resposta para CARAS Online.
Colin Farrell também visitou a favela Santa Marta e se disse encantado com as cores da comunidade. “É um colorido maravilhoso, gostei muito”, contou. Ele revelou ainda que conhece a famosa caipirinha e disse que a bebida brasileira foi um dos motivos que o fez parar de beber. “Tomei muitas dessas vários anos ... A gente fica bêbado muito rápido com o açúcar, a cachaça e ainda tem uma ressaca depois”, disse, brincando com sua atual condição de abstêmio, após passar por clínicas de reabilitação e lutar contra o vício em drogas e álcool.
Indagado se havia gostado dos biquínis usados pelas brasileiras durante seu passeio pela praia, ele respondeu em tom bem-humorado fingindo tirar um papel do bolso. “Eu escrevi algumas notas sobre o biquíni brasileiro depois de andar pela praia de Ipanema”, brincou.
Colin revelou que não tem namorada no momento, embora tenha sido fotografado ao lado de uma mulher desde que chegou ao Rio, mas afirmou que se tivesse ficaria tranquilo caso ela resolvesse usar um biquíni feito no Brasil. “Ele combina com a areia da praia”.
O Vingador do Futuro tem estreia prevista no Brasil para o dia 17 de agosto. A produção é uma refilmagem do sucesso estrelado por Arnold Schwarzenegger em 1990. Ao falar sobre seu trabalho no cinema, Colin contou que já foi convidado para grandes filmes do tipo blockbuster, com grandes orçamentos, e que deram ótimas bilheterias, e recusou. “Penso assim: se vai passar três, quatro, cinco meses fazendo um trabalho, e melhor pra você que goste dele. Ou vira uma coisa só pelo dinheiro”, justificou.
Colin estava bem-humorado e fez várias brincadeiras com os jornalistas. Ao ouvir a segunda pergunta, virou para a repórter que a fez e a elogiou: "Nossa, você falou com tanta paixão e ainda e tão cedo..." Mas a pergunta dela era só um desdobramento da primeira... E ele respondeu: "encaro da mesma forma filmes gigantes e pequenos. Pra mim, fazer o Vingador do Futuro foi igual a estar em uma produção estudantil de 50 mil dólares”, afirmou.
O ator comparou a atual versão a feita por Arnold em 1990. "Essa versão não e tão violenta quanto a original. E difícil nos dias de hoje alguém investir um orçamento tão alto em uma produção muito sangrenta, já que o objetivo e alcançar uma plateia o mais abrangente e heterogênea possível”, afirmou. “Os adolescentes e crianças presas em corpos de adultos como eu gostam de ver sangue na tela. Eu adorava esse tipo de cena na época em que era mais novo, mesmo quando o filme não era lá essas coisas".
Colin afirmou que acha muito divertido participar de cenas arriscadas. "Dispensar dubles nas cenas de ação, como saltar de prédios, dirigir carros em alta velocidade ou lutar, é muito divertido. Faço tudo que meu seguro permite. E olho roxo pra mim só quando não dormi bem e estou cansado", disse.
O ator disse ainda estar preparado para as possíveis comparações entre ele e Arnold. "Sei que vai haver comparação. Eu gostava muito da versão dele. Assisti 3 ou 4 vezes. Até tentei entrar em contato, mas ele não retornou minhas ligações. E por que ele se importaria, não e?"
Na filme, e possível, através de implantes artificiais, viver um sonho. Perguntaram a Colin que sonho ele gostaria de viver: "O de ser um jogador de futebol pela Irlanda. Meu pai era jogador profissional, vivia disso, e ser como ele foi meu sonho até os 14 anos, quando comecei a beber cerveja e correr atrás das garotas".
Indagado se tem um jogador favorito, ele respondeu: "Meu pai sempre disse para eu nunca escolher um favorito, apenas apoiar o esporte como um todo, o que era muito chato (ele boceja), mas não tenho um ídolo específico".
Uma jornalista perguntou como ele conseguia passar a imagem de forte e másculo e ao mesmo tempo sensibilidade no filme. "Forte e másculo? Definitivamente você nao viu o filme... (disse rindo)". Em seguida explicou. "Eu me preocupo muito com o aspecto psicológico dos personagens. A minha energia maior não vai para o que é superficial. Não sou um homem durão... Assisti a um documentário que mostra a preparação do Anderson Silva antes de uma luta, e que cara sensível ele e! Mas claro que não e o tipo de sensível com quem você quer se meter em uma confusao", brincou.
Colin Farrel admitiu não conhecer muito o cinema brasileiro, mas ressaltou que adora José Padilha. “Gostei muito de Ônibus 174. Ah, e de Tropa de Elite também". Indagado se viveria um super herói no cinema, ironizou."Acho que não sobrou nenhum pra mim, né? O que eu seria? O homem colher? (Risos). “Mas faria, sim, se o roteiro fosse bacana. Mas passei minha juventude jogando futebol. Não me interessava por quadrinhos"
Farrell falou ainda sobre o personagem. "Meu personagem no filme é um cara comum que tem sua memória apagada e tenta descobrir quem realmente é. Isso é uma busca de todo mundo (o Arnold também e uma pessoa comum?) Acho que ele não, ele e o Mister Olympia", disse,se referindo ao fisiculturismo.