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Carlinhos de Jesus: 'Eu acredito na justiça'

Na Ilha de CARAS, Carlinhos de Jesus diz que está em paz com a prisão de suspeitos de matar seu filho, Du

Redação Publicado em 16/04/2013, às 17h33 - Atualizado em 17/03/2020, às 15h36

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No mar, coreógrafo de 60 anos exibe o corpo malhado, reflexo de dança e musculação, seus aliados para não ficar deprimido. - Leandro Pimentel
No mar, coreógrafo de 60 anos exibe o corpo malhado, reflexo de dança e musculação, seus aliados para não ficar deprimido. - Leandro Pimentel

Após o anúncio da prisão recente dos quatro suspeitos de assassinar seu filho, Carlos Eduardo, aos 32 anos, em novembro de 2011, o dançarino e coreógrafo Carlinhos de Jesus (60) afirma que acalmou seu coração. “A dor da perda do meu filho é eterna, mas é reconfortante a punição dos envolvidos de acordo com a lei. É preciso cobrar os nossos direitos”, desabafou Carlinhos, pai ainda de Tainah (27), do atual casamento com a empresária Rachel de Jesus (58). Na Ilha de CARAS, ele não conteve as lágrimas ao revisitar a praia onde já esteve com herdeiro e confessou ir frequentemente ao túmulo do rapaz. “Agora, o cemitério tem outro sentido. Quando preciso pensar em alguma coisa, vou lá, naquele silêncio, o telefone nem toca. Coloco flores, vejo se as letras da lápide estão polidas... Não cultuo a matéria, mas foi o último lugar em que ele foi”, justificou Carlinhos, que reúne forças para tocar a vida com ajuda da fé, do apoio da família, dos fãs, dos exercícios físicos e do trabalho, como o Abril a Pista de Dança e a coordenação da competição de dança do Arnold Classic Brasil 2013, ambos eventos no Rio, neste mês.

– Ainda chora por seu filho?

– Muito. O reflexo dessa tristeza, por exemplo, é o meu vitiligo que aflorou ainda mais... (a doença se manifestou em 2001). Minha mulher fala para eu parar. Mas o choro alivia minha saudade e me deixa melhor.

– Chegou a pensar que seu filho poderia ter se envolvido com alguma coisa errada?

– A primeira coisa que eu disse à polícia foi para não me omitirem nada. Se Dudu estivesse envolvido com drogas ou com algum outro crime, que me falassem. Mas não, Dudu morreu por amor...

– Em sua trajetória profissional, considera-se um vitorioso?

– Com certeza! Tenho que agradecer a Deus. Sofri preconceito por dançar, achavam que fosse gay.

– Pretende se aposentar?

– Nem penso  nisso! Se parar, morro. Depois de muito tempo de trabalho, consegui tirar férias no ano passado, viajei para a China.

– Seu corpo é reflexo de uma malhação intensa?

– Ando, corro na orla, malho, mas não abro mão de uma barra de chocolate por dia. Há mais de 30 anos tenho 68kg (mede 1,78m).