Depois de ser homenageada pelo 9º Amazonas Film Festival, a atriz Ana Lúcia Torre relembrou com alegria e saudosismo seu início de carreira na televisão e no cinema
Na televisão, ela começou como a fútil grã-fina Glorita na trama de Dona Xepa, que foi ao ar na rede Globo em 1977. Décadas depois, em 2012, ela fez a bondosa Verbena Borges, que partiu da vida e assistiu seu filho perdido restituir sua verdadeira história em Amor Eterno Amor. E quem não se lembra da bem-humorada Tia Neném, que adorava passar a perna na sobrinha rica em Insensato Coração?
Se tem uma coisa que a atriz Ana Lúcia Torres (67) reúne são papéis inesquecíveis na televisão brasileira. Mas na noite desta terça-feira, 6, durante cerimônia especial do 9º Amazonas Film Festival, ela foi homenageada pela máxima contribuição às telinhas, às telonas, aos palcos e a todas as suas formas de manifestação artística. Muito merecido, né?
Emocionada, a atriz subiu ao palco do festival para receber a homenagem e contou que, mesmo com uma inserção um tanto tardia, reconhece no cinema o cenário para algumas de suas maiores conquistas. “O cinema entrou muita tarde na minha vida, eu já tinha 26 anos de profissão. Mas o cinema é a arte que mais me deu carinho, premiou e paparicou. Fazer parte dessa cerimônia me deixa extremamente feliz”, afirmou a atriz.
Nascida em Manaus, Ana Lúcia Torre foi presenteada com joias locais confeccionadas a mão com sementes de tucumã e prata e uma estatueta em sua homenagem. E como não pode faltar referências à sua querida televisão, a atriz falou sobre seu processo de adaptação ao veículo.
“Sou cria de teatro, trabalho desde sempre nos palcos, desde os tempos do teatro amador. Gosto muito de fazer televisão e antigamente era uma coisa muito difícil pra mim, não conseguia me encontrar. Agora eu curto muito. Mas depois de anos de carreira querendo fazer cinema e quando entrei no set de filmagem pela primeira vez, me senti absolutamente em casa. Tudo o que faço é com amor: seja televisão, cinema ou teatro”, avaliou a atriz.