Trabalho como atriz, diretora e defensora do meio ambiente é reconhecido em Roma e Milão
Redação Publicado em 14/11/2009, às 15h16 - Atualizado em 15/11/2009, às 20h03
Em cartaz pelo Brasil com a peça As Traças da Paixão, que teve temporada na capital paulista e cumpre extensa programação por vários Estados, Lucélia Santos (52) conseguiu dar um olé na própria agenda e embarcar para a Itália. A correria que quase não lhe permitiu dormir tem motivo relevante: a atriz foi homenageada pelo conjunto da obra no país europeu. Fã de Roma, onde esteve "quatro ou cinco vezes", ela planeja voltar em breve para compartilhar a magia da cidade com o filho, o ator Pedro Neschling (27). "Adoro tudo aqui: a comida, as pessoas, a cultura", enumera Lucélia, feliz por poder aproveitar, mesmo que brevemente, a cidade onde se pisa sobre a história.
- Você veio receber uma homenagem do VI Encontro com o Cinema Latino-Americano.
- Eles me homenagearam pelo conjunto da obra, como atriz, diretora e também pelo meu trabalho social e ambiental em defesa da natureza e da Amazônia. Por tudo, enfim. Quem organizou foi a Nuovi Orizzonti Latini, entidade que promove o cinema latino-americano na Itália. Também recebi duas placas em minha homenagem, de Roma e Milão. Nesta última, a cerimônia foi na cinemateca Oderban, onde houve projeção do meu filme Timor Lorosae.
- Quantas vezes você já esteve em Roma? O que mais te emociona nesta cidade?
- Quatro ou cinco vezes. Fazia tempo que não vinha para cá. Adoro tudo aqui, da comida às pessoas. Mas o que mais me fascina, e por isso quero voltar em breve com meu filho, Pedro, é a cultura: os museus, as praças, os edifícios, o chão, os artistas. Tudo em Roma é história. É mesmo fascinante.
- Além da homenagem, qual o ponto alto desta viagem?
- A convite do embaixador do Brasil na Itália, José Viegas Filho, fui à abertura de uma exposição de arte na Villa Borguese, nada menos que o encontro de dois grandes artistas que eu amo: Caravaggio, italiano, e Francis Bacon, irlandês.
- Você está hospedada no Palácio Doria Pamphili, a elegante e suntuosa sede da Embaixada do Brasil em Roma. Como é ficar num lugar tão especial?
- Este palácio do século XVII é um espetáculo à parte. Nunca tinha ficado aqui antes. Estou me sentindo! (risos). Atravesso muitas salas lindas até chegar àquela onde ficam os computadores. O embaixador e os funcionários são extremamente gentis e só o convite para ver a mostra de Caravaggio e Bacon já teria valido o sacrifício de vir para cá de forma tão corrida, no intervalo entre as apresentações.
- Quais os próximos projetos?
- Estou pensando em dois roteiros, um com Pedro e outro com Alcides Nogueira, o autor de As Traças da Paixão. Um deles será, sem dúvida, uma comédia romântica. O outro ainda vamos ver. Tenho sempre vontade de fazer um documentário.
- Você é adepta da boa alimentação e do yoga. E já declarou que não vê necessidade de fazer plástica. Ser praticante do budismo ajuda você nesta etapa da vida?
- Me sinto realmente muito bem aos 52 anos. O stress da minha vida agitadíssima neste momento tem quebrado o ritmo de minhas práticas de yoga e do budismo. Mas o teatro substitui isso com outro tipo de energia que também considero muito vital. A aceitação do momento é tudo.
- E o coração, como está se comportando neste momento?
- Meu coração vive reclamando de mim. Meu ritmo de vida às vezes me atropela um pouco, mas estou antenada e esperta.
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