Em entrevista à CARAS Brasil, Sérgio Mamberti falou sobre como conciliava a carreira artística com a política; relembre
Nesta terça-feira, 3, completam três anos do falecimento do ator Sérgio Mamberti. Após ficar internado com uma infecção nos pulmões e ser intubado, o artista de 82 anos acabou não resistindo devido ao quadro de falência múltipla dos órgãos.
Com um currículo extenso, Sérgio fez história durante os 60 anos de carreira que somam mais de 80 peças de teatro, 20 novelas e 15 direções, além de inúmeras produções e minisséries.
Em 2017, Sérgio, que chegou a ficar afastado da profissão durante 12 anos, falou sobre esse período à CARAS Brasil: “Fiquei longe dos palcos por 12 anos, tempo em que ocupei cargos no Ministério da Cultura durante o governo do [na época] ex-presidente Lula. Quando estreei interpretando o Sr. Green, em 2015, fiquei pensando em como seria a minha volta e como o público me receberia. Ainda nos ensaios, percebi que esse espaço você conquista”., explicou na ocasião.
Em 2016, Mamberti novamente precisou se afastar dos palcos: “Eu caí em cena e essa queda ocasionou uma inflamação onde se instalou uma bactéria que acometeu a corrente sanguínea. Corri risco de morte e fiquei um mês internado em SP. Sobrevivi graças ao trabalho de uma bela equipe.”, explicou o ator.
Apaixonado por arte e política, o inesquecível artista sempre fez questão de contribuir positivamente para a cultura do país, e lutou para conciliar o cargo público com o trabalho de ator: “Com o trabalho no ministério, a profissão de ator fica complicada, por isso minha participação no filme é episódica, faço um sacerdote.”, contou ele à CARAS Brasil em 2007, quando participou do longa O Cavalheiro Didi e a Princesa Lili, de Renato Aragão. E continuou, orgulhoso: Minha secretaria trabalha com culturas indígenas e ciganas, a diversidade sexual e a questão do idoso.” finalizou.
O eterno Dr. Vitor do Castelo Rá-tim-bum, participou também de produções da Globo, como A Diarista e Os Normais. Além de ter feito também a série brasileira 3%, da Netflix.
Nos cinemas esteve em produções como Nudista à Força, em 1996, O Bandido da Luz Vermelha, em 1968, Toda Nudez Será Castigada, em 1973, O Homem do Pau Brasil, em 1980, A Hora da Estrela, em 1985, A Dama do Cine Shangai, em 1987, Xuxa Abracadabra, em 2003 e o Cavalheiro Didi e a Princesa Lili, em 2006.
Das inúmeras novelas em que esteve, Sérgio teve o seu maior destaque vivendo o mordomo Eugênio na clássica Vale Tudo, em 1988. Também esteve em tramas como As Pupilas do Senhor Reitor, em 1970, Anjo Mau, em 1998, O Profeta, em 2007, Flor do Caribe, em 2013, e outras.
Em 2021, lançou a autobiografia Sérgio Mamberti: Senhor do meu Tempo, escrita com o jornalista Dirceu Alves Jr. No livro o artista falou abertamente sobre sua bissexualidade.
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