NATAL DE AMOR

Fernanda Paes Leme revela novos rumos em sua vida com a maternidade: 'Meu grande presente'

Em entrevista exclusiva à Revista CARAS, Fernanda Paes Leme abre a intimidade e fala sobre as primeiras festas de fim de ano com a filha, Pilar

por Tamara Gaspar

tgaspar@caras.com.br

Publicado em 19/12/2024, às 15h00

Fernanda Paes Leme e Victor Sampaio são só sorrisos ao lado de Pilar. Par engatou relação em janeiro de 2021 - Foto: André Nicolau

Há oito meses, Fernanda Paes Leme (41) embarcou em uma montanha-russa de emoções chamada maternidade! Uma jornada em que sorrisos e alegrias dividem espaço com dores e medos. A responsável? A fofa Pilar (8 meses), da relação com Victor Sampaio (31).

“Entendo que meu jeito é respeitar quem sou e construir uma relação com a minha filha que me permita ser uma mãe humana. E ser humano erra. Na maternidade, a gente erra por proteger demais, amar demais, preservar demais... É uma das maiores e mais valiosas jornadas da minha vida. Mas sei que nem sempre a estrada será calma e segura”, diz, sem romantizar a nova fase.

Entrar nessa jornada foi um capítulo à parte. Fernanda precisou lidar com um aborto, tentou congelar os óvulos e ainda encarou um tratamento no endométrio. No meio do caos, veio a boa notícia: ela estava grávida.

“Quando a gravidez aconteceu naturalmente, ela foi maior e mais potente do que tudo! E essa grandiosidade deixou tudo para trás, fez tudo ficar menor”, avalia ela, pronta para passar o primeiro Natal ao lado de Pilar.“Ela é meu grande presente e, mesmo ainda tão pequena, já me mostrou que o Natal nunca mais será o mesmo”, fala ela, em papo exclusivo com CARAS.

– Sua visão de mundo mudou após a chegada dela?

– A gente vive a gestação e o bebê nasce. A mudança não é automática. Tudo é construído, a começar pela relação de amor. Já entendi que muita coisa ganha um ressignificado, mas isso é um processo profundo e intenso. E acho que não é algo linear. Quando a gente se dá conta, já está lidando de maneira diferente em relação às situações. As prioridades mudam. Adoro — e acho importante — me cuidar, fazer meu trabalho, namorar, estar com amigos... mas ainda estou encontrando esse espaço. Sempre que posso, corro para ter o meu tempo com a minha filha. Priorizo esse momento.

– As pessoas estão mais abertas para não romantizar a maternidade. Como foi para você?

– Sabe que até hoje nunca conheci nenhuma mulher que tenha passado por essa transformação sem enfrentar dificuldades? Tive uma gestação incrível, costumava brincar que Pilar estava sendo parceira já na barriga, porque trabalhei o tempo todo, fiz mil projetos... e ela aguentou firme. Mas há uma explosão hormonal que é de tirar qualquer mulher do prumo. Acho que esse é o desafio mais avassalador. Lidar com esse turbilhão de emoções bem quando estamos com um bebê nos braços, pela primeira vez, sem manual de instruções, é assustador. E não dá para dar um pause. Aquele bebê depende cem por cento de cuidados. Você estando bem ou não. E é muito bom falar sobre tudo isso com outras mulheres, dividir as experiências e mostrar que nós não estamos sozinhas.

– Para a mulher, a questão do corpo e das mudanças também sempre gera assunto, dúvidas...

– Amei ter ficado grávida e entendi tudo o que implica viver essa fase. Minha gestação foi saudável e ter ficado disposta para trabalhar e andar pra baixo e pra cima foi algo que fez diferença para mim, para alguém tão inquieta como eu. Até o nascimento, uma parte da gente entende, instintivamente, que as mudanças físicas têm um objetivo maior do que tudo, que é  gerar aquele bebê. Depois do nascimento, tudo muda. E é aí que a gente, inevitavelmente, se coloca em segundo, terceiro, quarto plano... Mas chega uma hora que essa “conta” aparece e a gente passa a querer reencontrar a mulher que deu espaço para a mãe ocupar. Cada mulher vive esse processo de uma maneira. Estou em um trabalho constante de ser gentil comigo mesma, entendendo que tudo tem seu tempo. É fácil? Claro que não. Mas não posso soltar a minha própria mão e sair fazendo algo que possa trazer algo de ruim para a minha saúde, a cabeça e o corpo.

– A relação entre você e Victor também mudou?

– É impossível não mudar. A começar pelas responsabilidades, a divisão de tarefas e o início de uma eterna ‘negociação’, positivamente falando, sobre o que fazer ou não fazer envolvendo a Pilar. Criar, educar, orientar é dificílimo. Imagina fazer isso envolvendo duas pessoas que tiveram cada qual uma maneira de ver o mundo. Mas é também nessa hora que a gente lembra do porquê que a vida nos aproximou e nós decidimos ficar juntos. A chegada de um filho exige da vida uma praticidade diária: dar banho, alimentar, trocar fralda... e isso é um teste e tanto para a vida a dois. Ou a parceria — seja lá qual for o molde — se fortalece ou a coisa desanda.

– E como Victor tem se saído?

– Quando um bebê chega, parece que a gente aperta o ‘reiniciar’ e tudo o que a gente sabia e vivia passa por uma reconfiguração. Victor está ao meu lado nesse aprendizado. Nem sempre está ao lado fisicamente, porque abrimos o Blu, Bar do Mar (restaurante de frutos do mar, em SP), há pouco tempo. Mas, emocionalmente, sim. O vínculo entre ele e Pilar é uma responsabilidade dele e eu, vendo de fora, tenho cada vez mais a certeza de que Pilar é muito amada, cuidada pelo melhor pai que a vida ofereceu a ela.

– Foi uma longa jornada para conquistar a maternidade. Sente que saiu mais forte disso?

– É curioso pensar nisso tudo. E é mais curioso ainda, olhando para trás, como eu lidei com tudo o que aconteceu. O meu processo para engravidar não foi fácil. Foi doloroso, cansativo. Faz uma bagunça na nossa cabeça, traz esperança e frustração quase que imediatamente. Mas sinto que sou o resultado das experiências que vivo, das escolhas que faço. E todo esse meu desejo de ser mãe, todo o tratamento pelo qual passei para congelar óvulos, para melhorar a qualidade do meu endométrio, tudo isso junto me fez receber a notícia da minha gravidez com ainda mais amor, cuidado e gratidão.

– Vivemos em um mundo cheio de incertezas. Se vê pensando no futuro da Pilar?

– Claro! Não tem como eu não pensar nisso. Não tem como não me questionar — passando até pelos meus atos cotidianos, diários — que mundo é esse que ela vai herdar. Quais serão seus desafios como ser humano, como mulher, como cidadã. É tanta coisa para se pensar, que se parar para focar nisso, acho que não darei mais nenhum passo para frente. Talvez o segredo seja a construção diária. Aquela máxima: se cada um fizer o seu, o mundo pode, sim, se tornar um lugar melhor.

– Apesar de pequena, consegue definir a personalidade dela?

– Olha, é difícil falar porque a personalidade, às vezes, se esconde nas fases de desenvolvimento de uma criança. Mas Pilar tem o riso fácil, solto. É fácil arrancar um sorriso dela. Além disso, ela é muito falante! Brinco que ela inventou o carisma, mas acho que ela não teria como ser muito diferente disso, não. Sou falante, Victor também e isso acaba estimulando a comunicação com ela. Mas ela é ariana, né?! Então fica brava quando não consegue fazer algo e até rosna. Tenho que me preparar porque vem aí uma personalidade forte.

– Você está prestes a lançar um podcast! O que pode adiantar?

– No Grande Surto, transformo as loucuras da vida moderna em conversas cheias de humor e questionamentos. Às vezes, vou dividir o microfone com convidados que acrescentam novas perspectivas; em outras, só eu, compartilhando pensamentos sobre tudo e nada ao mesmo tempo. De memes que viram filosofia às questões que nunca têm resposta, o podcast é um mergulho sincero, e bem-humorado, nas neuroses do nosso tempo. Aqui, o caos é bem-vindo, e surtar faz parte do processo.

– E como tem sido voltar a trabalhar depois que Pilar nasceu?

– Já vinha retornando aos poucos. Não é fácil ou indolor, mas não posso reclamar. Tenho uma rede de apoio que me permite, sobretudo, ter tranquilidade para sair de casa e saber que ela ficará bem. Trabalhar me mantém viva, feliz, e é essa mãe que vou devolver para ela. Não tenho cobrança nesse sentido, não. Na verdade, não está relacionado à maternidade em si.

– E que balanço faz de 2024? O que espera de 2025?

– Comecei o ano a todo vapor, cheia de projetos, de novos trabalhos. Enquanto isso, gestava Pilar. Ela nasceu e me tornei mãe! Foi lindo, mas também foi um ano duro para mim. Para 2025, espero que ele venha sem medo, com oportunidades e esperança. Profissionalmente, o Grande Surto será o meu primeiro grande projeto de 2025. E como todo projeto autoral e que nasce do zero, terei desafios pela frente. Mas eu estou pronta pra criar essa comunidade que vai surtar junto. Que venha 2025! 

Fotos: André Nicolau/ BELEZA: LUÍSA CÂMPARA; ÁRVORE: SABRINA GUIMARÃES; MESA E ARRANJOS: CENOGRAFISTICA
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Fotos: André Nicolau/ BELEZA: LUÍSA CÂMPARA; ÁRVORE: SABRINA GUIMARÃES; MESA E ARRANJOS: CENOGRAFISTICA

 

Leia mais em: Fernanda Paes Leme se derrete em clique fofo com a filha e o noivo

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Tamara Gaspar é subeditora da revista CARAS e CONTIGO! Novelas. Formada em Jornalismo e Letras, possui extensão em Teoria da Comunicação e é especialista em monarquia. Escreve sobre celebridades, realeza, TV e novelas.

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