NOVA INTERNAÇÃO

Médico detalha caso de filha de Leticia e Juliano Cazarré: ‘Necessita de assistência’

Em entrevista à CARAS Brasil, o infectologista Igor Maia Marinho dá detalhes sobre o caso de Maria Guilhermina, que está internada desde quinta-feira, 26

Thaíse Ramos

por Thaíse Ramos

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Publicado em 28/12/2024, às 19h36 - Atualizado em 30/12/2024, às 13h32

Leticia Cazarré está acompanhando a filha, Maria Guilhermina, no hospital - Foto: Reprodução/Instagram

Filha do ator Juliano Cazarré (44) e de Leticia Cazarré (39), Maria Guilhermina (2) teve seu estado de saúde atualizado pela mãe no último sábado, 28. A influenciadora revelou que a menina - internada desde o dia 26 - estava com diversas infecções: "Está com princípio de pneumonia, está com parainfluenza, traqueíte". Para saber mais sobre os problemas enfrentados pela herdeira do intérprete de Jayme, na novela Volta por Cima, da TV Globo, nos últimos dias, a CARAS Brasil conversou com o infectologista Igor Maia Marinho, que deu detalhes sobre cada diagnóstico da criança.

Primeiramente, o médico explica o diagnóstico de princípio de pneumonia. “Esse é um termo que, na verdade, não é um termo médico, é um termo que a gente, às vezes, usa para facilitar o entendimento, que vai falar sobre o estágio inicial de uma pneumonia de fato. Então, o princípio de uma pneumonia é uma pneumonia. E o que é uma pneumonia? A pneumonia é uma infecção dos pulmões, que pode ser causada de um modo geral por bactérias, vírus ou fungos. Geralmente, começa com sintomas como febre, tosse e falta de ar. E a criança também pode ter dores no peito e cansaço”, diz o infectologista da Clínica Sartor.

Pneumonias de um modo geral, de acordo com Marinho, tem tratamento. “Quando eu tenho a pneumonia bacteriana, tenho um tratamento com antibiótico;  o mesmo quando é uma pneumonia fúngica – esse tipo de pneumonia é causado por fungos mais comumente em crianças que tenham algum componente de imunidade muito afetada, por exemplo, crianças que cursem com quadros de câncer ou algum tipo de imunodeficiência. E pneumonias virais; que geralmente não têm um tratamento específico, mas a gente controla os sintomas seja com analgésicos, antitérmicos e repouso. Às vezes, dependendo do quadro, alguns antivirais”, informa.

Ainda segundo o médico, a maioria dos casos de pneumonia costuma responder bem e a cura, dependendo da causa, costuma ser rápida de um modo geral. "Em até uma ou duas semanas a criança deve estar melhor. A pneumonia pode ser um quadro grave em crianças, especialmente em de cinco anos ou crianças imunocomprometidas. Então, é importante que na suspeita de um quadro de pneumonia, no caso de uma infecção pulmonar, os pais procurem assistência médica”, reforça Marinho.

SOBRE A TRAQUEÍTE

O infectologista também explica a traqueíte. “O termo que foi usado para definir esse princípio de pneumonia, como uma traqueíte, fala sobre uma infecção, então, do trato respiratório, mas que tem um acometimento principalmente da traqueia – que é o canal responsável por levar o ar da nossa boca e nariz para os pulmões. Então, quando a gente fala de uma pneumonia, geralmente leve e um estágio inicial, você pode ter esse acometimento da traqueia chamado de traqueíte”, fala.

“Essa traqueíte pode acompanhar muito comumente tosse e até dor nessa região da garganta e na região torácica, como pneumonia de um modo geral. Então, a traqueíte seria um estágio inicial da pneumonia. Ela pode causar tosse seca, rouquidão, febre e também uma certa dificuldade para respirar. É uma doença, como as pneumonias de um modo geral, que tem cura. Essa cura demora em torno de uma a duas semanas; e é uma doença que potencialmente pode ser grave, principalmente com a sua evolução”, completa Marinho.

SOBRE A PARAINFLUENZA

Em seguida, Igor Maia Marinho detalha a parainfluenza: “Quando a gente fala na parainfluenza, mencionada como um dos agentes prováveis causador da doença da paciente em questão, é um vírus que, na verdade, é bem parecido com o vírus da Influenza, que pode causar pneumonia. Para a parainfluenza não existe um tratamento específico. Geralmente, só medidas de suporte são responsáveis por controlar o quadro”.

Segundo o infectologista, para a cura de quadros de parainfluenza, geralmente, como nas pneumonias em geral, espera-se um período entre 7 e 14 dias. “Para que haja uma recuperação total. E é uma doença, como também todas as pneumonias, que pode potencialmente ser grave; mas comumente se apresenta como uma doença leve ou moderada. Geralmente, ela é mais grave em crianças muito pequenas ou crianças que já tenham condições médicas prévias, com destaque para imunossupressão”, diz.

“Concluindo: quando a gente fala do caso da Leticia Cazarré, a gente está falando de uma criança que está com uma pneumonia numa fase inicial. Essa pneumonia está se apresentando por uma traqueíte; e geralmente vai vir associada com tosse, pode ter febre e um pouco de dificuldade para respirar. E o agente parainfluenza é um agente comum, que circula pela comunidade e que pode mais raramente causar quadros muito graves. Mas geralmente são quadros que costumam ser autolimitados, melhorar com suporte. E em até uma ou duas semanas a criança costuma estar melhor. Esse tipo de quadro necessita de assistência médica, de alguém avaliando esse paciente para ver gravidade e costuma ter uma boa resposta, em geral, as medidas de suporte”, finaliza Marinho.

Leia também: Médica explica a causa da morte do ator Ney Latorraca e alerta: ‘Pode ser muito rápida’

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Thaíse Ramos

Thaíse Ramos é repórter do núcleo de pautas especiais do Grupo Perfil. Formada em Jornalismo, integrou as equipes de entretenimento do Estadão e Gshow e atuou ao lado do colunista Leo Dias. Ama música, cinema, moda e beleza. Instagram: @thaiseramoss

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