Prestes a lançar seu segundo álbum, a cantora fala de suas inspirações, das dificuldades em conciliar o trabalho e a escola e da cumplicidade com o namorado, o também músico Marcelo Camelo, ex- Los Hermanos
Ela está em turnê pelo Brasil. Viaja de São Paulo a Salvador, depois corre para o Rio de Janeiro e tem na agenda uma imensidão de compromissos, que envolvem seus shows, ensaios, gravações e ainda aulas no colégio. Isso mesmo,
Mallu Magalhães, a cantora que estourou com apenas 14 anos de idade, precisa ir para a escola. Ela quer terminar o ensino médio, por mais difícil que isso possa parecer.
Mallu está divulgando seu segundo CD, homônimo, e em meio ao turbilhão de atividades profissionais, a menina, agora
"mais madura", como ela mesma diz, concedeu uma entrevista ao
Portal CARAS. O que mudou naquela adolescente que encantou o Brasil com seu
Tchubaruba e canções melódicas inspiradas no folk americano?
É que agora, Mallu está curtindo mais
Chico Buarque,
Nara Leão e
Tom Jobim, muda de escola frequentemente e engatou um namoro sério com o cantor e compositor
Marcelo Camelo, que a acompanha a todo o momento. É pelo ex-vocalista do Los Hermanos, que Mallu se entrega totalmente.
"Somos complementares e companheiros um do outro", revela sem medo a cantora, que no início do namoro foi alvo de críticas pela diferença de idade entre os dois. Marcelo está com 32 anos e ela, 17.
Confira a seguir, a conversa de
Mallu Magalhães com o
Portal CARAS:
- Segundo álbum aos 17 anos de idade. Mallu, como você está se sentindo?
- Me sinto mais tranquila, mais corajosa e adquiri a certeza de que é mesmo isso que quero: fazer, cantar e compor.
- O que acha que mudou no seu jeito, personalidade nesses últimos anos?
- Acho que o meu profissionalismo me trouxe diversas características, já que cresci física e emocionalmente. Aprendi muito e acho que isso me faz quem sou hoje.
- Quais foram as suas inspirações para esse novo trabalho?
- As inspirações vem sempre do mesmo lugar: o fundo de minha existência interior. São os acontecimentos diários que geram emoções e, assim, a vontade de escrever. Tudo que acontece de bom ou ruim, minhas angústias e alegrias, batem em meu peito e refletem no papel gerando minhas canções.
- Como você consegue conciliar seus estudos com os ensaios, as gravações? Muito aperto?
- Sim, sim... é realmente muito difícil. Além de não conseguir frequentar mínima e suficientemente as aulas, sinto que não há espaço em minha cabeça. Ao mesmo tempo, existe o obstáculo do convívio, já que me tornei uma figura pública e tal e, por fim, o problema com os conteúdos, que me geram notas baixas e questões desse tipo. É que perdi uma base, pois desde o fim da oitava série não consigo acompanhar e, consequentemente, não consigo acompanhar direito agora.
- Como é para o pessoal do colégio conviver com uma estrela como você?
- Ah, tem de tudo, sabe? Têm colégios que passo apertos e têm lugares nos quais sou bem recebida, aceita e respeitada. Porém, sinto que meus colegas têm um certo "receio" de vir até mim conversar, chamar para sair e tal... Sei que sou diferente, tenho uma vida diferente, mas não deixo de ser, como eles, estudantes e adolescente.
- Como se vê daqui a uns dez anos?
- Me vejo compondo, cantando, com uma casinha perto da praia com uma pitangueira e planos de uma família.
- Como é trabalhar em conjunto com o namorado Marcelo Camelo? Há cumplicidade musical? Como ele te ajuda e você ajuda ele?
- Sim, muita. Somos complementares e companheiros um do outro. Ajudamos cotidiana e musicalmente, opinamos sobre acordes, notas, arranjos e também, decisões de vida e carreira.
- Seus pais aceitaram bem seu namoro com o Marcelo Camelo por conta da diferença de idade?
- Já sofremos muito com isso, mas agora já nos sentimos mais fortes, cada vez mais... Eu cresci e já me sinto mais forte. Meus pais são o máximo. São pais incríveis... Claro que tivemos dezenas de pequenas brigas, e tal. Mas é normal. Eles me aceitam, cada vez mais. Eu, inclusive, obedeço direitinho, não arrumo confusão e tal. Eu os respeito e eles nos respeitam. Além de tudo, existe muito amor envolvido. Eu por eles e eles por mim.
- No início da sua carreira, você adorava se maquiar e até fez um vídeo para o Portal CARAS ensinando como fazer. E ainda gosta de se maquiar? Ou agora deixa para os profissionais?
- Eu gosto muito! Agora ando sem tempo, mas estou precisando comprar uns potinhos novos. Acho que estou cada vez melhor, porém, não costumo mais fazer aquelas pinturas circenses que fazia no início, porque o palco e o cenário já têm informação suficiente.