Depois de dois dias de deliberação, júri decide que o médico Conrad Murray é culpado na morte do astro pop Michael Jackson
O médico Conrad Murray (58) recebeu o veredito do processo pela morte do cantor Michael Jackson em 25 de junho de 2009 nesta segunda-feira, 7. O júri decidiu que ele é culpado e foi condenado por homicídio culposo. De acordo com a versão online da revista People, ele não demonstrou emoção ao receber a sentença. Agora ele espera a decisão do juiz sobre a pena que receberá, que pode ser de 4 anos de prisão ou um período de liberdade condicional, e também pode acontecer a provável perda da licença médica, que já está suspensa.
A decisão do júri, formado por sete homens e cinco mulheres, saiu depois de dois dias de deliberação sobre o processo, que já tinha durado cerca de 5 semanas de depoimentos. A promotoria usou argumentos como a imprudência do médico, que deu um anestésico fatal para o artista, não tinha os equipamentos necessários para ajudá-lo a respirar e também por abandonar o paciente em seu leito para atender telefonemas e checar emails. Já a defesa alegou que Michael injetou em si mesmo o Propofol e também tomou comprimidos de Lorazepam, o que teria causado a morte dele.
Em sua participação no caso, o promotor David Walgren chegou a afirmar que mesmo que o júri acreditasse que Michael Jackson tivesse injetado o remédio em si mesmo, Conrad ainda seria culpado por ter deixado os medicamentos ao alcance de um paciente viciado.
O astro pop morreu em decorrência de uma overdose do anestésico Propofol, que era aplicado nele para fazê-lo dormir devido à forte insônia que tinha. Outro argumento usado pela promotoria foi a demora de Murray para chamar a emergência e a preocupação dele em esconder os fracos de remédios, além de não revelar aos enfermeiros que o receberam no hospital o uso do anestésico.
A família Jackson esteve presente em alguns dias do julgamento, em que foi exibida fotos do cantor morto.