Em entrevista à TV CARAS, a influenciadora digital Julia Puzzuoli fala de diagnóstico e relação de parceria com o público das redes sociais
Conhecida por ser a rainha das cantadas e pelo grande sucesso nas redes sociais, a influenciadora digital Julia Puzzuoli (21) revela diagnóstico de transtorno de ansiedade generalizada e declara que o público tem sido um grande aliado no seu bem-estar psicológico, em entrevista à TV CARAS. A jovem também relembra o início da carreira, em meio à pandemia da Covid-19, e apoio dos seguidores: “Válvula de escape”.
Julia começa falando que a internet a ajudou muito durante o isolamento social, um protocolo de emergência adotado pelas autoridades mundiais para evitar a propagação da Covid-19, que assolou o planeta em 2020. “Nesse momento da pandemia, me ajudou 100%. Inclusive, eu estava tendo vários problemas lá em casa, eu tenho muita ansiedade, né? Então, já estava com falta de ar, tomando remédio. E aí foi uma válvula de escape que achei para conseguir sair dessa situação”, diz.
“E lembro que na época da pandemia, muitas coisas ruins estavam acontecendo ao mesmo tempo. Teve a pandemia, teve um incêndio não sei onde. E hoje em dia, a gente fala da pandemia como uma coisa normal. Mas na época era cenário de filme, todo mundo trancado em casa. Assustador! Você via fake news e ficava: Meu Deus, será que vou ter que ficar para sempre? É um vírus mundial, é uma coisa enorme. E foi, sim, uma válvula de escape. Não só para mim, mas também pras pessoas que me assistiam”, completa.
A jovem ressalta que fazia muitas lives na época. Por conta disso, sentia a proximidade das pessoas, o que a ajudou neste processo. “A gente se ajudava muito. Nas lives, a gente conversava muito. No começo – hoje em dia não faço mais tanto – foi uma forma que eu vi de me aproximar das pessoas mesmo. Então, fazia muito. E fazia uma live que se chamava Sextou. Porque não tinha, ninguém saía. Colocava um funk e ficava lá dançando, colocava luz, fazia tudo. A galera se identificava, ficava lá noite da sexta-feira comigo”, fala.
Contudo, Julia destaca o ponto negativo. “Acho que a internet não me afeta psicologicamente, mas eu mesma acabo me cobrando em relação às coisas, sabe? Ontem mesmo, falei nos meus stories sobre isso, não tinha falado, que fui diagnosticada com transtorno de ansiedade generalizada. Significa que a ansiedade não tem mais um gatilho para ela aparecer. Tem momentos que você do nada fica ansiosa e não sabe o porquê. Como se fizesse já parte (de você). Hoje em dia, por exemplo, quem me ajuda são as pessoas que me seguem. Só de estarem ali, de ter essa conversa, esse apoio, de saber que elas vão me apoiar todo o tempo, me ajuda. Então, acho que é um apoio emocional para mim, mesmo”, salienta.
Julia tem cerca de 22 milhões de seguidores, unindo todos os seus perfis nas plataformas digitais, e confessa que não consegue enxergar tamanho sucesso. Além disso, revela que sente a pressão de ter que estar sempre presente, produzindo conteúdos para as redes. “Até hoje, quando alguém vem tirar foto comigo e chora muito, fico meio assim: Não chora não, por que você está chorando? Calma! Não chora, senão choro também. Mas acho que a pressão vem mais de mim; porque hoje em dia, trabalho com uma constância muito grande, então sei que os meus resultados dependem disso. É uma coisa que ninguém vai poder fazer por mim, sabe? E não tem parada”, confessa.
“Sempre falo isso: é um trabalho que não tem parada. É de domingo a domingo. E todos os dias, tenho que pensar em coisas novas; e se der errado, vai lá e faz de novo. E todo mundo querendo passar a perna (...) E aí tem o lado de procurar trabalho: ir até as marcas, encontrar um caminho também para agradar a marca, que encaixe no seu conteúdo, transformar o conteúdo em uma coisa que venda, mas também uma coisa que as pessoas queiram assistir, não pode ser só comercial. Então, você começa nessa loucura e quando você vê, fala: Meu Deus, calma, preciso respirar! Então é mais isso: essa cobrança minha mesmo, para mim”, finaliza a influenciadora.
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