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Você já ouviu falar em esporotricose cutânea? Vale a pena saber o que é

Redação Publicado em 19/02/2013, às 11h30 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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A esporotricose é uma micose de pele causada pelo fungo Sporothrix schenckii. Ela pode se manifestar em animais como cães, gatos e ratos e nos humanos. O fungo está presente no solo em todo o planeta, mas vive em especial nas regiões de clima temperado e tropical úmidos. Penetra no corpo de uma pessoa quando ela se fere na terra, com os espinhos de plantas e outros materiais orgânicos contaminados pelo fungo. Pode ser contraído igualmente no momento em que é arranhada ou mordida por animais doentes. Embora incomum, às vezes é contraído por inalação.

Pesquisas mostram que os mais atingidos pela doença são os adultos, sobretudo trabalhadores no campo, floristas, jardineiros, fazendeiros, caçadores, veterinários e donas de casas — os dois últimos, claro, pelo fato de serem os que mais cuidam de animais doentes.

Qualquer pessoa contaminada pode  desenvolvê-la. Imunodeprimidos, porém, estão mais suscetíveis. A esporotricose cutânea é mais comum nos membros superiores, nos inferiores, na cabeça e no tronco. Registram-se casos no País todo ano, mas já houve também surtos, como o de 1988 a 1997, no Rio Grande do Sul, e epidemias, entre elas a que ocorreu no Rio de Janeiro nos anos iniciais deste milênio. Geralmente ela começa com um pequeno caroço avermelhado, que no decorrer do tempo fica amolecido, passa a liberar um secreção purulenta e se transforma em uma ferida.

Há quatro formas da doença: cutâneolinfática, cutâneo localizada, cutâneo disseminada e a extracutânea, ou sistêmica.

? Cutâneo-linfática. É a mais comum. A lesão começa no local em que o fungo penetrou na pele e se espalha, formando uma espécie de cordão — em geral único, mas também pode ser duplo — por onde corre o vaso linfático mais próximo.

? Cutâneo localizada. Todo o ciclo da doença ocorre no local onde o fungo entrou na pele.

? Cutâneo disseminada. Ocorre em menos de 1% dos portadores. Pode comprometer seriamente o estado de saúde deles.

? Sistêmica. Pode resultar de inalação ou de ingestão do fungo. É mais comum em pessoas imunodeprimidas.

O ideal, claro, é evitar a contaminação. Você pode fazer isso com algumas medidas básicas. Cuide bem de seus animais. Caso suspeite que possam ter esporotricose ou outras doenças, leve-os ao veterinário e faça o tratamento. Cuide para que animais doentes não o arranhem nem mordam. Use luvas quando for mexer na terra ou com plantas.

Caso cisme que possa ser portador, consulte logo um médico dermatologista, porque a doença, além de dolorosa, deixa a pele muito feia e mexe bastante com a autoestima, até obrigando as pessoas a se ausentarem do trabalho e do convívio social, nas situações mais graves às vezes por longos períodos. Ela não é muito bem conhecida no Brasil; por isso mesmo, se leu este artigo, alerte seu médico sobre a possibilidade de se tratar dela.

Ao diagnosticá-la, de outro lado, é fundamental descartar outras moléstias, como a sífilis e a psoríase. Pode-se comprová-la com exame microscópico de pus, escamas ou fragmentos de tecidos; com testes sorológicos; e, o mais eficaz, com cultura do fungo. O tratamento, enfim, pode ser feito com iodeto de potássio, esporotriquinina (uma espécie de vacina) e o antimicótico itraconazol.