O clã e a carreira musical, prioridades de Sebastian
Bailarino e ex-garoto-propaganda de rede fashion, ele grava CD sob aplausos de Ivone, Rudah e Jaadi
Redação Publicado em 24/05/2010, às 20h56 - Atualizado em 06/09/2012, às 09h19
Há duas décadas, a vida do bailarino clássico Sebastião Aparecido Fonseca (44), o Sebastian, mudou radicalmente. Em cartaz, em 1990, com Emoções Baratas, de José Possi Neto (63), no Ópera Room, na capital paulista, o artista mineiro encontrou na plateia o amor de sua vida: a diretora artística Ivone Ribeiro (47), com quem tem Rudah (16) e Jaadi (14). "Em um momento do espetáculo tirávamos alguém da plateia para dançar. Convidei a amiga dela e na hora pensei: 'Peguei a pessoa errada'. Foi realmente mágico, pois quando bati o olho na Ivone sabia que seria minha esposa. Em três meses nos casamos."
No mesmo ano, foi veiculado seu primeiro comercial como garoto-propaganda da C&A, atividade que projetou sua imagem para milhões de brasileiros. "Fui convidado para fazer o teste e, ao receber a trilha sonora, desenvolvi um personagem influenciado por Louis Armstrong (1901-1971), Toni Tornado (79), Ella Fitzgerald (1917-1996) e Elis Regina (1945-1982), de olhos arregalados, movimentos largos, surpreendente. Um fragmento da vivência no mundo da música, do balé, teatro e da literatura", revela Sebastian que, 20 anos depois, despede-se do posto para dedicar-se integralmente à carreira de cantor. "Com meu trabalho na música posso, de forma mais generosa, apresentar para o público quem realmente sou. Neste momento, abro minha alma de maneira mais intensa, estou cada vez mais presente em mim mesmo. Este sou eu", afirma o músico, cujo CD de estreia, Melada de Nego, foi lançado em 2004. "Este considero um treino, o primeiro, mesmo, será Sebastian Soul", diz sobre o álbum com participação especial de Leo Maia (33), a ser lançado com show em agosto no Citibank Hall, na capital paulista.
"A melhor de todas as fases é agora", diz ele, comemorando também sete anos do Núcleo de Artes Cênicas Sebastian, em Osasco, ONG que acolhe, atualmente, 52 crianças. "Trabalho em favor da sociedade por influência da boa música, da literatura. Se essas ferramentas foram úteis para mim, poderão ser também para crianças que queiram seguir por caminhos do bem-estar e da evolução", acredita Sebastian que, ao lado da família, abriu com exclusividade para CARAS sua casa de veraneio em Tabatinga, litoral norte de SP, decorada por Daniella Fernanda dos Santos (30).
- Como foi o fim de seu contrato como garoto-propaganda? Sebastian - Foi uma transição, em que a empresa tem autonomia de buscar maneiras distintas de se comunicar e o público tem direito de estar ou não de acordo. Aqui veremos o divisor de águas: como o público vai se manifestar. É a grande interrogação.
- Existe chances de você reassumir esse posto? Sebastian - Nunca se sabe o que pode acontecer. Só sei que tenho muito a oferecer em termos de música, alegria, entretenimento e referência de postura. Como artista tenho ciência de que devo respeito ao grande público que me cerca.
- Seu sucesso se deu paralelamente a seu casamento. Como é conciliar fama e vida pessoal? Sebastian - Minha relação com o público nunca abalou nosso relacionamento; só fortaleceu. Ivone é sincera, autêntica e firme em seus princípios. É uma coisa da alma. Tudo o que sai de dentro e é construído com alma tem consistência. Música e dança aguçaram minha sensibilidade: basta olhar para uma pessoa e já sei do que ela é capaz. É quase mediúnico (risos). E quando as crianças nasceram parei com todas minhas atividades. Fiquei cinco anos sem trabalhar porque não só fiquei 'grávido' junto, como acompanhei o processo de maturação: trocando fraldas, dando banhos, vivenciando os primeiros passos. Sempre fui solidário à minha esposa; cozinhava e ajudava nos afazeres domésticos. Para mim, o fato de a mulher trazer o bebê no ventre nove meses traz alguns prejuízos, então me coloquei disponível nesses cinco anos.
- Como é a relação de vocês? Sebastian - Família, para mim, é um resumo da sociedade. Sempre desejei uma sociedade mais justa, equilibrada e organizada e a única forma é primeiro organizar seu mundo interno, suas necessidades pessoais; somar com alguém esse pensamento e sentimento e gerar filhos que vão partilhar desses princípios. Essa postura os levará a disseminar esses valores. A reparação social começa dentro da família. Olhamos para grandes líderes e nos esquecemos de ver o que fazemos em prol da sociedade. Sou o ponto zero de uma sociedade que quero ver melhor.
Ivone - Sebastian é focado, determinado e preocupado com o ser humano. Costuma dizer que a maior joia que temos no mundo é o ser humano. Acreditei nisso e temos uma ONG em Osasco. Então, hoje, além dos meus dois filhos, temos mais de 50 por causa de sua generosidade. Sebastian sonha devolver à sociedade os meios pelos quais ele chegou onde está hoje, que é a arte.
Jaadi - Meu pai conversa bastante com a gente. Tenho admiração por ele, um homem guerreiro, que batalha pelo que quer.
Rudah - Admiro muito meu pai por sua garra. É algo que gostaria de ter em mim.
Este site utiliza cookies e outras tecnologias para melhorar sua experiência. Ao continuar navegando, você aceita as condições de nossa Política de Privacidade