Para o ator Marco Pigossi, que interpretou o Cássio em 'Caras & Bocas', os personagens homossexuais nas novelas servem para mostrar que os gays são pessoas como todas as outras
Mesmo sem beijo, há algum tempo as minorias sexuais passaram a ser representadas nas novelas da Globo. Entre Sandrinho (André Gonçalves), de A Próxima Vítima (1995), e Eduardo (Rodrigo Andrade), de Insensato Coração, o ator Marco Pigossi (22) foi um dos que se tornaram conhecidos do grande público com um personagem homossexual, o Cássio, de Caras & Bocas (2009). O bordão "Tô rosa chiclete" caiu na boca do povo.
Em conversa com CARAS Online, Pigossi - que voltará ao ar no próximo dia 22 como o (heterossexual) Rafael de Fina Estampa - comentou a evolução dos personagens gays na teledramaturgia. "Eles fazem cada vez mais parte das tramas, mostrando que são pessoas iguais às outras, sem precisar defender qualquer preferência ou opção", disse o ator.
"O Cássio foi um presente do Walcyr Carrasco. Um personagem maravilhoso com o qual eu e o Jorge Fernando conseguimos lidar de maneira muito bacana e divertida. Era um personagem alegre, que agradou a crianças e idosos. Isso é muito bacana", avaliou.
Para Pigossi, estigma não existe. o ator acredita que o importante é fazer boas atuações em papéis diversos. O resultado ele diz ter sentido na rua, em sua novela seguinte, Ti-Ti-Ti (2010), na pele do Pedro. "Ele era um galinha, cafajeste. As pessoas diziam: 'Cara, eu quase não te reconheci'. Muita gente achava que eram atores diferentes. A gente, como ator, busca isso. Diferentes personagens e desafios".
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