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BETH CARVALHO E LUANA EM SINTONIA

CANTORA E ATRIZ TROCAM CONFIDÊNCIAS E ENCARAM A VIDA NO MESMO RITMO

Redação Publicado em 15/05/2006, às 12h53

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Em casa, no Rio, Beth toca banjo acompanhada da única filha, Luana, no repique de mão.
Em casa, no Rio, Beth toca banjo acompanhada da única filha, Luana, no repique de mão.
por Patrícia Albuquerque Na casa onde mora há 23 anos, no Joá, Rio, a cantora Beth Carvalho (60) convive com suas grandes paixões: livros sobre samba e História e a filha, Luana Carvalho (25), a maior de todas. A atriz é fruto da união de Beth com o ex-jogador de futebol Edson de Souza Barbosa (62), com quem foi casada por três anos. Mesmo tendo se mudado da casa da mãe em 2004, Luana está sempre presente, mantendo a sintonia que sempre as uniu. "Fisicamente, não temos nada a ver. Mas muitas vezes me vejo falando ou agindo igual a ela", diz a atriz. "Nos falamos todos os dias", completa Beth. Com 40 anos de carreira e recém- completados 60 de vida, a cantora prepara-se para lançar seu 30º disco - Beth Carvalho Canta o Samba da Bahia -, além de um DVD gravado no Theatro Municipal do Rio. E este ano deve estrear um programa - ainda sem nome - nas redes TVE e Cultura. Já Luana, após uma longa temporada em Malhação e a participação no longa Mulheres do Brasil, estuda voltar à TV na novela Páginas da Vida, da Globo, em julho. - Vocês se acham parecidas?Beth - Ela é a cara do pai, que é lindo, então saiu "lindésima". Mas temos muito em comum. E, de alguma forma, está seguindo meu caminho no meio artístico. Luana - Fisicamente não temos nada a ver e nossas personalidades são diferentes, mas alguns traços acabaram se parecendo, pois sempre ficamos muito juntas. Não tive tanto contato com meu pai, pois ele passou muito tempo na Arábia. - Quando Luana saiu de casa o relacionamento de vocês mudou?Luana - Agora tenho que tomar conta de mim, da casa... Com isso, o respeito da minha mãe por mim cresceu. Sempre tivemos uma relação maravilhosa, minha mãe é tranqüila e liberal. Mas ser independente é da minha personalidade. Hoje somos muito mais unidas. Beth - A decisão foi minha também. Fiz isso para ela crescer, aprender sobre a vida. - Vocês se falam sempre?Beth - Todo dia, toda hora. Luana - Se eu ficar dois dias sem ligar, ela já começa a dizer que não tem mais filha. Estou numa fase de lua-de-mel com minha mãe. Ligo sempre e estou aqui o tempo todo. Venho ver televisão (risos). - O que vocês mais admiram uma na outra?Luana - Minha mãe é muito batalhadora e responsável. Ela é teimosa, mas no bom sentido. E segue uma linha coerente de raciocínio político, artístico e social. Beth - Luana tem caráter irretocável e é humildade para saberque ainda há muito a aprender. E tem grande conhecimento da cultura brasileira. Claro que tenho muita participação nisso, mas ela soube absorver o que viveu, e que vai fazer diferença na sua história. - Quando Luana era pequena, como você conciliava a maternidade com a vida de cantora?Beth - Para mim, ser mãe sempre foi o mais importante. Óbvio que sou uma mãe diferente daquelas que vivem dentro de casa. Em compensação, meu trabalho permite que ela me acompanhe. Eu levava minha filha para qualquer lugar: viagens, shows, entrevistas... Luana - Eu vivia nas rodas de samba: o pessoal tocava e eu dormia. O cantor Nelson Cavaquinho é uma memória fortíssima. Lembro de chamá-lo de Vovô Vavaquinho. - Não cobravam que você seguisse os passos de sua mãe?Luana - Essa expectativa existe até hoje. Chego em uma roda e os olhares imploram. Gosto de cantar, mas sempre quis ser atriz. Agora, estou esperando a estréia do filme O Passageiro, do diretor Flávio Tambellini.- Beth já pensa em ser avó?Beth - Eu adoraria, mas Luana, além de estar solteira, não tem estrutura para ser mãe no momento. Filho a gente só deve ter por amor e com condições de sustentar.