A maturidade que encanta em Marina Ruy Barbosa

Bem vestida e maquiada, a atriz Marina Ruy Barbosa (15) pode parecer uma adulta. Mas, apesar de já ter no currículo quatro novelas da TV Globo - na primeira, Começar de Novo, ela atuou aos 10 anos -, é uma típica adolescente, com uma dose extra de maturidade. "Aprendi a ter responsabilidade cedo, mas sou uma menina como outra qualquer", diz ela, que deixa o salário sob os cuidados dos pais, a artista plástica Geoconda Ruy Barbosa (41) e o fotógrafo Paulo Ruy Barbosa (50). "Meu dinheiro fica guardado. Se quero alguma coisa, peço. E se eles dizem não, é não. Sabem o que é melhor para mim", afirma. Filha única, a adolescente, que vive com a família em um amplo apartamento da Barra da Tijuca, Rio, adora sapatos, teve apenas um namorado e afirma se espantar com a influência que exerce sobre as garotas de sua idade. "Raramente lembro que sou uma pessoa pública. Então, quando notei que havia me tornado referência para as adolescentes, fiquei assustada", conta ela, que está cursando o primeiro ano do Ensino Médio. Boa aluna, em breve terá que conciliar os estudos no colégio com as aulas de piano e as gravações da próxima novela global das 7, Dinossauros e Robôs, de Walcyr Carrasco (68), com estreia em janeiro de 2011. - Você é romântica? - Acho que nunca amei de verdade. Ainda sou muito novinha... Tive um namorado aos 13 anos, ele estava com 16 e ficamos juntos por quase seis meses. Gostei dele, mas não deu certo porque éramos diferentes. Mesmo com a pouca idade, eu já tinha objetivos traçados. Agora estou sozinha e sem nenhuma pressa. Em alguma hora, aparecerá a pessoa certa para mim. - E como seria essa pessoa? - Esse é o dilema. A maioria dos meninos da minha idade é imatura. Eles são menos comprometidos com coisas sérias. Muitas vezes, meus gostos e assuntos não batem com os deles. E, quando isso acontece, perco a vontade de conhecê-los melhor. Já os rapazes mais velhos são independentes, vão a boates, bebem e fazem o que querem. Também é complicado namorar alguém assim. - Então não tem preferências? - Acho que para se apaixonar é fundamental admiração. Minha preferência é por alguém bacana, que tenha planos para o futuro e me acrescente coisas boas. - Essa maturidade vem por ter começado a trabalhar cedo? - Acho que não. Em nenhum momento deixei de viver minha infância. Brinquei muito de boneca, saio com minhas amigas e tenho tempo de ficar no computador. A carreira precoce só trouxe pontos positivos. Afinal, trabalho no que amo. - A profissão já atrapalhou seu desempenho na escola? - Não vou dizer que seja fácil estudar e trabalhar ao mesmo tempo. Por isso, preciso me dedicar mais do que os outros alunos. Meus pais sempre colocaram os estudos em primeiro lugar e deixaram claro que, se eu for mal na escola, eles não vão permitir que eu continue a atuar. - Sentiu medo ao contracenar tão nova com a Fernanda Montenegro em Belíssima? - Como eu já tinha feito a Aninha da novela Começar de Novo, os diretores me indicaram para o teste de Belíssima, em 2005. Quando soube que faria a neta da personagem de Fernanda Montenegro, fiquei com muito medo, sim. Ela é realmente incrível e fui exigente comigo mesma. Mas também me cobrei muito quando interpretei a Isabel de Sete Pecados e a Vanessa de Escrito nas Estrelas. - Seus pais cuidam do seu dinheiro. Tem liberdade para comprar tudo o que deseja? - Meu dinheiro fica em uma conta para quando eu for maior de idade e quiser investir em alguma coisa. Meus pais são as pessoas que mais me amam no mundo. - Você e sua mãe costumam trocar confidências? - Ela é a minha melhor amiga. Ao contrário da maioria das meninas, conto absolutamente tudo para a minha mãe. Falo sobre meninos, coisas de trabalho... Vejo muitos jovens quebrando a cara por não serem amigos dos pais. - Na novela Escrito nas Estrelas você deu seu primeiro beijo técnico no ator Bruno Pereira. Foi difícil? - Muito. No estúdio, às vezes, são mais de 50 pessoas juntas. É meio complicado beijar na presença de tanta gente. Mas como eu já conhecia Bruno, tudo fluiu de uma forma mais tranquila. - O que disseram seus pais? - Meu pai viu numa boa e elogiou bastante. Achou a cena linda e muito bem feita. Já a minha mãe até hoje não teve coragem de assistir. Sempre que boto o vídeo do beijo, ela fecha os olhos. - Que nota se dá em vaidade? - Acredito que oito e meio. Tenho os momentos certos para ter vaidade. Adoro roupas, acessórios, maquiagem e esmaltes. Sapatos, então, tenho vários. Meu estilo varia à beça. Às vezes, gosto de me produzir bastante, mas há dias em que prefiro estar mais desarrumada e informal. - E como você imagina que esteja daqui a 15 anos? - Atuando bastante, formada na faculdade de Cinema e, quem sabe, já casada e com um casalzinho de gêmeos. Adoro crianças!