No ar em Novo Mundo, Caio Castro fala de sua verdade: 'Não me importo muito com o que vão achar'

Ator revela sonho de formar família, comemora foco na carreira e celebra equilíbrio no amor

Luciana Marques Publicado em 03/05/2017, às 14h17 - Atualizado às 14h20

Caio Castro - Fabrizia Granatieri

Aos 28 anos, Caio Castro afirma não saber muito bem como se definir. “Não dá! Cada hora sou de um jeito. E as definições limitam”, diz ele, na Ilha de CARAS. Mas, após pensar um pouco, o jovem talento com jeito ainda de moleque e sorriso cativante, afirma: “Posso dizer que sou disposto à mudança, ao novo. E muito honesto, verdadeiro. Gostando ou não, a única coisa que você vai ter de mim é a sinceridade. E a verdade, às vezes, incomoda”. Indagado se tem receio de más interpretações, se diz tranquilo. “Não me importo muito com o que vão achar. Sou assim! Não faço as coisas para os outros, mas para mim. Se não sinto tesão, não consigo me acomodar com o que me incomoda”, garante.

E, se desde a incursão na TV, há 10 anos, em concurso do Caldeirão do Huck, Caio já viu muito seu nome na mídia associado a polêmicas com fotógrafos ou por casos amorosos, ultimamente tem sido diferente. Desde Amor à Vida, em 2013, quando viveu o Michel, ele vem emendando bons papeis. E as críticas têm sido positivas, especialmente sobre o novo personagem, o príncipe bon vivant Dom Pedro, de Novo Mundo. “Vi a possibilidade de representar um pouco da minha história. Meu pai é português, sou a primeira geração no Brasil. Então fiz uma imersão. Tive receio no início, mas o medo me move. Hoje me sinto num videogame de época, a arte é muito bem feita. Está sendo uma viagem maravilhosa esse trabalho”, conta ele, que ficou oito dias em Lisboa para laboratório. Atualmente, ainda está em cartaz nos cinemas no drama Travessia.

– Qual a diferença do Caio de hoje para o iniciante, em 2007?

– O amadurecimento pessoal é quase obrigatório, ou você amadurece ou não cresce. O que mudou muito foi minha posição profissional. Agora tomo conta das minhas coisas, faço questão de analisar tudo com um time de profissionais, mas a palavra final é minha. Antes, também via a carreira mais como um negócio que tinha arte. Hoje acendeu em mim uma chama de sentir aquilo lá dentro, quase de receber um espírito e por para fora. E foi Maria Casadevall, minha grande parceira em Amor à Vida, esse isqueiro. Ela me mostrou o lado mais poético da profissão. Desde então, minhas escolhas profissionais têm sido feitas com calma e poesia.

– Como avalia sua carreira?

– Tudo vem acontecendo da maneira que tem que ser. Fui obrigado a brincar de adulto cedo. Aos 18 anos, saí de casa e comecei nessa batalha de leões. Mas quando tem muita gente querendo te tirar do caminho, mesmo errando, o importante é foco, vontade, amor pelo que faz. Isso tenho bastante. Nunca fiz papel ruim. Na TV, tenho inspiração no estilo de carreira que o Bruno Gagliasso fez e faz, grande amigo meu hoje.

– E como está o coração?

– Sempre tranquilo. Solteiro ou namorando, procuro equilíbrio. De ser honesto comigo, respeitar meus sentidos.

– Você é muito assediado. Como lida ao ver a mulher tomando a iniciativa?

– Acho animal! Sou zero machista. Isso não é problema para mim. Se um cara pode, por que a mulher não pode? A única diferença é a questão biológica.

– Qual tipo de mulher não teria chance alguma com você?

– Isso é difícil, não existe um tipo. Posso falar aqui 300 coisas que não gosto, aí conheço uma mulher maravilhosa com todas essas características. É aí que está a graça, quando menos você espera, bate algo e você fica idiota pela pessoa. As diferenças atraem bastante, você vê outras possibilidades.

– Se vê casado, pai?

– Tenho muito vontade de formar a minha família. Mas não é algo que dá para escolher de uma hora para a outra. Há uma metáfora que sempre falo: ‘Não vou ficar procurando borboleta para voar no meu jardim. Vou cuidar do meu jardim e, na hora certa, ela vai olhar e dizer, é ali que quero voar’. Melhor do que procurar uma oportunidade é estar preparado para quando ela aparecer. E isso é válido para nosso ofício.

– Como foi enveredar para o drama no filme Travessia?

– Muito bacana. O filme é de um diretor baiano, João Gabriel. Uma história forte, outra atmosfera, outra proposta. E você começa a tatear novas possibilidades na carreira. Mas cada um com seu planejamento, não que seja regra. Para mim, está acontecendo assim. E estou indo nos meus feelings, tendo tempo para me dedicar e oxigenar o cérebro.

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