Produtora de documentário sobre a Amazônia, Christiane Torloni critica ação de Bolsonaro

Christiane Torloni mostrou-se engajada na causa ambiental. Diretora do documentário Amazônia - O Despertar da Florestania, a atriz conheceu a fundo os problemas enfrentados na região Norte do país durante as gravações.

O longa da Globo Filmes, marca a estreia da artista como diretora ao lado de Miguel Przewodowski. Os dois se dedicaram à filmagem durante cinco anos.

Em conversa exclusiva ao portal UOL, a atriz alertou para a gravidade do assunto e fez críticas às políticas ambientais do governo Jair Bolsonaro. "É inacreditável como as coisas se desconstituíram. Cada dia que passa, o filme parece mais ter sido feito por encomenda. É impressionante como não existe ninguém que saia indiferente do cinema. Estou muito orgulhosa. As pessoas estão se emocionando. Durante muito tempo, a população se blindou em relação a essa questão da Amazônia", declara ela.

Christiane deixa bem claro que o filme é apartidário e que prefere manter distância da política, mesmo já tendo participado de movimentos sociais importantes, como as Diretas Já. "O afastamento foi consciente. Resolvi fazer esse documentário para encerrar um ciclo. As pessoas me pressionaram muito. Decidi me manifestar sobre um assunto sobre o qual devo e posso opinar. Este filme é a grande resposta que eu tenho", justifica a global.

"Quem votou no atual presidente da república sabia o que ele iria fazer. Se tem uma coisa de que não é possível acusá-lo é de ter mentido sobre isso. Agora, as pessoas dizem que não foi bem assim. Ele foi claro e taxativo. Por isso, quem faz parte de qualquer tipo de instituição, ONG ou iniciativa nesse sentido já estava preocupadíssimo durante a campanha eleitoral, caso ele fosse eleito".