Em entrevista à CARAS Brasil, ator falou sobre outros projetos no Globoplay
Com 20 anos de carreira, o ator André Dread (41) encarou o desafio de interpretar dois policiais em produções do Globoplay. Em entrevista à CARAS Brasil, ele diz ter usado vivências próprias para encarnar os personagens e que, apesar de não generalizar o trabalho dos oficiais, ainda vê em sua realidade muita truculência e que foi desafiador encontrar o lado humano no trabalho.
Como parte do elenco do documentário Cadê o Amarildo?, o ator do Globoplay interpreta o violento policial Jorge Luiz, que esteve presente em todo o caso. "Eu tenho que me desprender do que eu penso sobre a polícia. Já ter passado por essa truculência me facilita em partes, mas essa guerra das drogas tem um recorte racial, endereço, lugar e pessoas específicas que somos nós, os negros. Somos alvo".
Dread acrescenta que também já viu amigos passarem por abordagens violentas, e que foi desafiador entender o lado humano da personagem. Por outro lado, no humorístico Cilada, que ainda irá estrear na plataforma de streaming, o artista dá vida ao soldado Fardim. "Cada personagem tem a sua característica", explica.
Fora das tramas, o ator conta já ter tido confrontos com a polícia. Morador da comunidade Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, ele idealizou um protesto para conseguir criar um acordo com os oficiais para cessar as operações policiais durante a pandemia de Covid-19, já que as ações impactavam negativamente projetos sociais que auxiliavam os moradores em situação de vulnerabilidade social.
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"Não generalizo o trabalho da polícia, tem bons policiais fazendo seu trabalho. Mas essa guerra não funciona". Dread diz enxergar na internet uma poderosa ferramenta para impactar positivamente muitas realidades, e que, através dela, já participou de projetos sociais, coletivos e busca a mudança na questão da representatividade racial.
O artista ressalta que é importante combater o racismo presente na sociedade, que nega lugares para pessoas pretas, e afirma que, apesar de a indústria da arte estar se tornando mais representativa, ainda é só o começo. "Estamos tendo uma pequena mudança em algumas produções. Para nós, não vamos interpretar um ser humano, vamos interpretar uma pessoa negra. Venho buscando por mudança, e a internet é o canal."
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