Em entrevista à CARAS Digital, Daniela Albuquerque conta que mantém hábitos simples e que a fama não tirou seus pés do chão: "Não perdi a noção de preço, sei quanto custa o arroz, o feijão"
Apresentadora do programa Sob Medida, da Rede TV, Daniela Albuquerque conversou com CARAS Digital sobre sua trajetória pessoal e profissional. Franca e simpática, a apresentadora que tem 31 anos e é mãe da pequena Alice, de 2 anos, revela que tem vontade de fazer teatro e cinema, fala sem dramas sobre as cobranças que sofreu por ser mulher do presidente e proprietário da emissora, Amilcare Dallevo Jr., e mostra que, apesar de ser, ao lado do empresário, proprietária daquela que é considerada uma das maiores mansões do Brasil, não perdeu a simplicidade.
"Eu adoro fazer faxina. Gosto muito, você não tem noção. É uma coisa que herdei da minha avó, tenho mania de arrumação. Gosto de arrumar armário, roupas, a casa. E gosto de fazer faxina mesmo, não só organizar. Adoro mexer com água, lavar um banheiro. Lógico, não sou hipócrita: se você me perguntar se eu gosto de fazer isso todo dia, é claro que não. Mas de vez enquanto eu adoro lavar um banheiro, é uma terapia", comentou.
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Leia abaixo os melhores trechos da entrevista:
- Trabalhar na televisão sempre foi um sonho?
Não, nunca nem sonhei com isso. Meu sonho era ser modelo. Fui participando de concursos, me tornei miss da minha cidade, Dourados, no Matro Grosso do Sul. Vim para São Paulo trabalhar como modelo, queria fazer faculdade e gostei muito da área de Comunicação. Além de jornalismo, também sou formada em teatro.
- Tem vontade de se dedicar à atuação?
Na época da gravidez, fiz um teste na Conspiração Filmes. Eu tenho muita vontade. Adoro teatro, é uma das minhas grandes paixões. Adoro ser apresentadora também, meu ganha pão é o trabalho na Rede TV, mas se de repente surgir uma coisa legal e eu puder conciliar, tenho vontade de fazer, seja cinema ou teatro.
- Tem se sentindo mais à vontade na frente das câmeras com o passar dos anos?
Ah sim, cada vez vou ficando mais à vontade, acreditando mais. Além disso, o Sob Medida é um programa que me deixa muito à vontade, porque aborda temas que eu adoro, como moda, comportamento, decoração, e trabalha a autoestima das pessoas, o que me deixa muito feliz. O programa é a minha cara, gosto muito. O Sob Medida não tem rejeição, está crescendo em audiência... Estou feliz e me sinto segura.
- Sempre trouxe essa segurança com você?
Não, imagine! Acho que minha segurança de agora tem a ver com a maturidade. O começo era muito difícil, por mais que você tenha feito cursos, se preparado, não é a mesma coisa. E acho que o erro é que te faz aprender, a sucessão de dias. Um dia eu errei, no outro acertei, e assim fui evoluindo. No começo era muito engessada, eu ficava dura, não tinha experiência, vejo os vídeos e morro de vergonha. Mas tudo bem. O barato da vida é procurar sempre melhorar.
- Houve uma época em que você chegou a ser chamada de “rainha das gafes”. Isso te incomodou?
Nessa época, eu fazia um programa ao vivo diário. Vou te dizer uma coisa: não tem Faustão, não tem Ana Maria Braga ou qualquer outro apresentador experiente que faça ao vivo e não dê gafes. Além disso, vejo de outra maneira. Você só dá gafes quando está à vontade, quando fala sem ser tão estudado. Isso é um sinal de que eu me sentia à vontade ali. Mas eu não visto a carapuça, porque eu me dedico, trabalho muito. Teve outra coisa também: na época que eu cometi mais gafes, estava grávida e ninguém sabia. Eu ficava cansadíssima, com sono, e quando a gente está cansada, não pensa para falar. Muitas vezes eu agia como se estivesse na sala da minha casa. Foram algumas gafes, mas não foi nada demais. No começo eu ficava triste, mas depois não. Além disso, brasileiro não gosta de tudo certinho, engomadinho. Aas gafes me aproximaram das pessoas, porque fazem com que elas percebam que eu sou gente como elas.
- Sofre muitas cobranças por ser mulher do presidente da Rede TV?
As cobranças existem sim, mas também não me incomodam muito. Eu sempre gostei de trabalhar muito. Fazem bem feito, o melhor que eu posso, é uma coisa que eu tenho comigo, e não porque se eu não fizer podem falar que não fiz porque sou mulher do dono. Eu nem fico pensando nisso. Foco no trabalho, me dedico, não tenho acomodação, não tenho preguiça, não atraso gravação. Isso não tem nada a ver com ser mulher do dono, eu tenho meu jeito de trabalhar. No começo, falavam muito sobre eu ser a mulher do dono, mas hoje eu não sou mais, sou a Daniela Albuquerque. Ser mulher do Amilcare é um dos meus papéis, mas certamente não é meu papel principal e nem aquele pelo qual sou mais conhecida hoje em dia.
- Como faz para conciliar a maternidade com o trabalho?
É uma loucura muito gostosa e muito saudável. Agora, a Alice está entrando na escolinha, então já tem a rotininha dela também. Eu gravo três vezes por semana, e quando estou em casa levo na escola, brinco, vou passear. Mas dá para fazer tudo, não deixei de fazer nada desde que ela nasceu, nem ginástica. Tanto que tenho vontade de ter mais uma. Já liberei, quando vier será muito bem vinda, não quero esperar muito.
- Alguma vez o fato de ser famosa subiu à sua cabeça?
Graças a Deus, não. E isso eu falo de boca cheia: eu sou muito pé no chão. Faço terapia, sei da importância da família, de estar perto de quem se ama. No fim de semana do Dia das Mães, fiz um bate e volta para Dourados só para estar com eles. Dessa vida a gente não leva nada. Mais importante do que tudo que eu tenho a oportunidade de ter é a minha família. Sempre trabalhei, desde novinha, e vejo o trabalho que tenho agora como o de qualquer um. Não vejo diferença entre o que eu faço e um médico, uma gerente de loja, que eu já fui. Se eu precisar voltar a trabalhar em loja, não vou deixar de ser feliz. Eu amo o que eu faço, mas isso não me deixou diferente. Não sou mais feliz do que eu era por ter dinheiro ou ser conhecida.
- Conserva hábitos simples de antes da fama, então?
Sim, eu adoro fazer faxina. Eu gosto muito, você não tem noção. É uma coisa que herdei da minha avó, tenho mania de arrumação. Gosto de arrumar armário, roupas, a casa. E gosto de fazer faxina mesmo, não só organizar. Adoro mexer com água, lavar um banheiro. Lógico, não sou hipócrita: se você me perguntar se eu gosto de fazer isso todo dia, é claro que não vou gostar não. Mas de vez enquanto eu adoro lavar um banheiro, é uma terapia.
- E quando o assunto são roupas, aí você gasta sem dó?
Não, não tenho muito isso, sabia? Sou apaixonada por sapato, mas sou bem básica no dia a dia. Se eu vou a uma festa, gosto de estar impecável, claro, mas em casa fico de moletom, cara lavada, sou bem relax.
- No que investe mais, então?
Bolsa é uma coisa em que eu invisto muito. Eu gosto muito de bolsas da Chanel, mas sabe, não me ligo em grife. Tenho bolsa de todos os preços, até de plástico. Não sou fissurada em marcas. Eu preciso olhar no espelho e me sentir à vontade. Não adianta nada ser o vestido mais caro do mundo se eu não me sentir bem. E às vezes tem coisas mais baratas que vestem bem. Há uns dias, postei no Instagram uma sandália que paguei US$ 39,90 (cerca de R$ 90) e ninguém acreditou. Minhas calças de ginástica custam US$ 5 (cerca de R$ 11) e quando vou na ioga todo mundo fica perguntando onde eu comprei, elas vestem super bem.
- É mais pão dura, então?
Nossa, eu sou super pão dura. Especialmente comigo. Se for comprar presente, não tenho dó de gastar, não sou mesquinha. Mas fazer compras pra mim... Eu gosto de ir ao shopping comprar coisas de casa, não me ligo muito em comprar roupas para mim no dia a dia. Prefiro fazer isso quando estou de férias, aí gasto de uma vez, do que ficar comprando sempre.
- Costuma estar atenta aos preços do dia a dia, das coisas de casa?
Sim, claro, não perdi a noção de preço nenhum não! Esses dias eu fui no supermercado com o meu marido, e vi um pacote de guardanapos a R$ 14,90! Imagine, na hora comentei: “o pessoal do mercado só pode estar louco, está muito caro”. Meu marido morria de rir. Eu sei o preço do arroz, do feijão, estou sempre de olho nessas coisas, imagine se vou perder a noção?
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