Discussão

Climão! Poppovic e Lacombe discutem ao vivo no 'Aqui na Band' sobre caso da menina Àgatha

Discussão de apresentadores ao vivo causa climão no Aqui na Band

CARAS Digital Publicado em 24/09/2019, às 12h28

Ernesto Lacombe e Silvia Poppovic - Reprodução/Band

O Aqui na Band da última segunda-feira, 23, foi marcado por um climão entre Ernesto Lacombe e Silvia Poppovic.

Logo após a reportagem sobre o velório da menina Ágatha Vitória, de 8 anos, que foi morta quando estava dentro de uma kombi no Complexo do Alemão por 2 tiros, a jornalista deu a sua opinião.

"Terrível essa história, terrível esse tipo de política de segurança pública que não pensa primeiro em resguardar a vida da população e sai atirando assim. Olha o que está acontecendo. É triste mesmo, é lamentável", afirmou.

"Eu acho ainda um pouco precipitado dizer o que aconteceu. Ainda será feito uma perícia. Eu vejo as pessoas se voltando contra o trabalho da polícia. Eu lembro que, na década de 80, Leonel Brizola, era o governador do Rio, e ele proibiu a polícia de subir nas comunidades e o que a gente viu foi um fortalecimento do tráfico de drogas. A polícia tem que atuar com todo o cuidado para preservar a vida de inocentes, mas a polícia não pode deixar de atuar nas comunidades de maneira nenhuma. Os traficantes estão nessas comunidades exatamente porque ali eles estão protegidos por pessoas inocentes. Então é muito complicado acusar sempre a polícia", opinou Lacombe.

Visivelmente incomodada com as palavras do companheiro de trabalho, Poppovic rebateu: "Eu não estou acusando a polícia não, eu estou acusando a política de segurança pública, que autoriza a polícia a atirar na cabecinha, como disse o Governador. Quando há uma política agressiva, de sair matando quem tiver no caminho, acontece esse tipo de desgraça".

Interrompendo a fala da colega, Ernesto continuou: "A gente não sabe realmente se foi a polícia. A gente sabe que os traficantes se protegem. Como acontece na Palestina. Os palestinos se protegem colocando na linha de frente mulheres e crianças. Obviamente os traficantes se sentem protegidos nessas comunidades".

"Você acha que foi isso que aconteceu?", questionou Silvia. "Eu não sei, quero esperar. Eu não sou perito. Eu quero aguardar", respondeu o jornalista.

Desacreditada com a colocação de Lacombe, ela ainda mostrou inconformismo. "Essa história, para quem é carioca... Me admira muito, Lacombe, você não estar emocionado com essa história. Para quem é carioca, para quem é brasileiro, é uma vergonha o que aconteceu. Perder uma menina com 8 aninhos de idade”.

O apresentador então termina dizendo que foi repórter desse segmento por anos, e que viu muitas vezes a dificuldade no trabalho da polícia dentro das comunidades, mas garantiu: "Não estou defendendo que a polícia saia atirando de maneira nenhuma [...] agora tirar a polícia das comunidades, impedir o trabalho da polícia, isso não!".

 

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