Claudia Raia e o eleito, Jarbas: cumplicidade na vida a dois

Harmonia na vida e nos palcos

Fabricio Pellegrino Publicado em 18/07/2017, às 08h16

Cláudia Raia e Jarbas Homem de Mello - MARCO PINTO

A parceria entre Claudia Raia (50) e Jarbas Homem de Mello (46) ultrapassa as barreiras do casamento. Se na vida real eles dividem as delícias da rotina a dois e nutrem amor e carinho mútuos, nos palcos não é diferente. Junto há cinco anos, o casal é referência em musicais no País e se prepara para estrear Cantando na Chuva, montagem baseada no filme homônimo de 1952, em SP, onde moram. Para o novo trabalho, eles ensaiam durante dez horas, de segunda a sábado, fazem aulas de sapateado diariamente e de balé três vezes na semana. “Admiro cada vez mais o Jarbas e não enjoo dele em hora nenhuma”, garante ela, que já soma 32 anos de carreira com trabalhos na TV, no cinema e no teatro.

Mãe de Enzo (20) e Sophia (13), frutos da união com o ex, o ator Edson Celulari (58), Claudia não descarta reviver a maternidade ao lado do eleito. “Já pensamos, mas a natureza tem que ajudar. E precisamos de tempo…”, pondera ela, que se casou em 2015 com o seu amado durante viagem à Europa. “Foi na catedral de Toledo. Trocamos alianças no altar, sem ninguém, não tinha nem padre. Foi algo só nosso”, conta Jarbas.

– Além do trabalho, o que gostam de fazer juntos?

Claudia – Acordar juntos. Para dormir, já é um problema. A gente vai diminuindo a luz até ficar escuro e não paramos de conversar, de rir... De repente, são 4 horas da manhã. Ele é leonino, se exibe para mim e gosta de me ver rindo e ele também ri de mim.

– Como define a Claudia?

Jarbas – Na verdade, ela é muito frágil. Jamais tive essa imagem dela. Mas foi nesse momento que me apaixonei, quando descobri que, por trás desse “carro alegórico” todo, tinha uma pessoinha frágil e mais profunda.

– Quem deu o primeiro passo?

Claudia – Eu, claro!

Jarbas – Eu pensei: “Ela está me cantando? O que ela quer comigo?” Começamos a ficar na coxia. Aí ela disse que queria namorar. Imaginei o trabalho que isso daria. Um país inteiro contra mim.

– Por que?

Claudia – Porque eu, definitivamente, sou um pacote complexo. Quando ele ficou meio assim, eu disse: “Tem duas maneiras de viver a vida: ou você fica na janela vendo ela passar ou vive”.

– Você ainda se sente desafiada sendo tão bem-sucedida?

Claudia – Cantando na Chuva está sendo um desafio. Nós sabíamos fazer musical no seco. No molhado, estamos aprendendo. Vai chover de verdade no palco. São 10000 litros de água por apresentação. A água é reutilizável. Tudo é preocupação: o piso que pode escorregar, a chapinha do sapateado...

– Como é participar da produção e do elenco de um musical?

Claudia – Estamos produzindo o espetáculo há um ano e meio, quando eu ainda estava no ar em A Lei do Amor. Agora só volto para a TV em 2018. No musical, interpreto a Lina Lamont, uma estrela do cinema mudo que é um desastre quando abre a boca. É um grande trabalho para mim, pois tenho que desafinar e dançar de um jeito desengonçado.

– Como imaginava seus 50?

Claudia – Sempre me imaginei mais velha. Nunca coloquei silicone, por exemplo. Sabia que, com mais idade, viraria uma matrona.

– O que mudou?

Claudia – Falo menos o que penso. A gente faz muita força na vida. E, com a maturidade, descobrimos que não precisava daquele esforço todo. Percebemos que tudo pode ser mais leve e isso dá um alivio.

– E como era antes?

Claudia – Insistente. Eu me desgastava por coisas que, de cara, não daria certo. Isso não acabou completamente, mas hoje tenho sapiência para analisar o que vale ou não a pena investir esforço.

– Antigamente, uma mulher de 50 anos era considerada velha...

Claudia – Hoje é babado e confusão! (risos) Ou a mulher se cuida ou é levada a nocaute pela bomba hormonal. Colho a qualidade de vida que sempre tive. Como bailarina, sempre comi bem, fiz exercícios e nunca bebi. Aos 13 anos, tinha uma bolsa de estudos e morava em NY sozinha. Tinha 6 dólares por dia para comer, se tomasse um drinque, seria fracasso na certa.

– Em algum momento da vida quis passar despercebida?

Claudia – Nos momentos ruins, sim. Como quando inventaram que eu era amante do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que tinha aids. Meu teatro esvaziou...

 

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