Na casa CARAS Pernambuco, a atriz e agora cantora Isabel Fillardis fala de seus novos projetos, com investimento maior na música
De volta com força total, a atriz Isabel Fillardis (48) pousou na Casa CARAS Pernambuco, na Praia dos Carneiros, Tamandaré, mostrando toda a sua raça, garra e vontade de recomeçar.
Atriz premiada, com 16 novelas no currículo, além de filmes e peças, o ano de 2022 marca a volta dela aos palcos, mas desta vez exibindo seu talento como cantora.
"Comecei cantando e deixei esse lado adormecido desde 1994/1995. No início, foi por opção mesmo porque comecei a fazer uma novela atrás da outra, mas depois fui percebendo que me fazia falta", explicou ela, que no início dos anos 1990 integrou o girl group de black music e R&B As Sublimes, inspirado no trio americano The Supremes, da extinta gravadora Motown.
A volta à música deveria ter sido mais cedo, mas Isabel ainda precisou enfrentar um inimigo maior. Em 2014, descobriu um câncer na língua. "Achei que nunca mais ia falar, imagina cantar! Chegaram a cogitar retirar toda a minha língua. Foi um susto imenso. Pensei que ia morrer. Foi muito assustador", revelou ela.
"O médico acabou conseguindo tirar apenas um pedaço da língua. Afetou muito a fala, claro. Mas não precisei fazer quimioterapia ou radioterapia, o que ajudou na recuperação. Fiz fono diariamente, além de aulas de canto. Foi um processo longo, mas hoje está tudo bem. Estou pronta!", contou Isabel, que, com o susto, mudou toda a sua maneira de ver o mundo e, principalmente, de olhar para si própria.
"Por mais assustador que seja, é sempre importante ter fé e ter fé na vida. Quem estiver passando por isso deve fazer uma viagem interna e entender o que aquilo pode te trazer de melhor. O câncer é a doença da tristeza, te leva para a depressão, mas entendi que precisava ter outra vida. Uma vida mais feliz. E nasceu uma nova Isabel, artisticamente, com a música, e pessoalmente também. A experiência de poder não viver mais fez com que eu mudasse o prisma. Minha prioridade agora é o hoje e a felicidade se tornou uma escolha diária", explicou ela, que aprendeu a se valorizar ainda mais e a não se preocupar com a opinião dos outros.
"Quando a gente não se prioriza, a gente adoece. Passei um tempo sufocando a Isabel mulher, mas hoje me priorizo em tudo e isso só me torna uma mãe melhor, uma filha melhor, tudo melhor", completou a atriz, que está namorando e feliz, e é mãe de Analuz (21), Jamal (18) e Kalel (8), frutos de sua união com Júlio César (55), de quem se separou em 2015.
As diferenças de idade dos filhos e suas características só divertem Isabel, que acompanha de perto cada uma de suas crias. "Tem horas que fico doida! Mas eles me despertam coisas muito diferentes. A Analuz, por exemplo, está naquele momento procurando um rumo, uma profissão, embora ache que ela vá ser artista. Ela canta maravilhosamente. E está fazendo backing vocal pra mim. E ao mesmo tempo tenho no outro extremo um de 8 anos em casa também, superargumentativo. Essas diferenças são maravilhosas, me engrandecem", contou ela, que se considera uma mãe livre, que dá espaço para seus filhos. "Sempre achei que o importante é orientar e estar ali para ajudar no que for preciso, seja com conselhos ou com atitudes. Mas eles devem decidir a vida deles, optar por suas escolhas."
Pondo em prática sua volta ao canto, Isabel já gravou um EP e lançou o single O Meu Lugar. Ela também já se prepara para lançar mais uma canção e aguarda como se comportará a pandemia e suas novas variantes virais para iniciar uma turnê.
Mas a música não vai afastá-la da dramaturgia. Pelo contrário. Após se despedir com sucesso de sua rainha Amanishakheto em Gênesis, na RecordTV, Isabel já fez o longa-metragem Faixa Preta, ainda sem data de estreia, está filmando Depois do Universo, do serviço de streaming Netflix, que deve ser lançado no próximo ano, e se prepara para rodar outro longa no segundo semestre, o Sexa, que marca a estreia de sua amiga Gloria Pires (58) como diretora.
Na televisão, ainda não tem nada programado, mas ela garante que a música não vai desviá-la da atuação. "Como eu canto sozinha, é fácil organizar as agendas", explicou.
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