Entrevista

Giulia Nadruz diz: ‘Me considero uma mulher forte, determinada e ousada'

Protagonista de Funny Girl, a atriz Giulia Nadruz relembra início no teatro e busca equilibrar arte e vida pessoal

por Tamara Gaspar

tgaspar@caras.com.br

Publicado em 14/11/2023, às 09h38

Giulia Nadruz em entrevista na Revista CARAS - FOTOS: LUCAS CYRILLO

Ela é artista, mas poderia ser confundida com uma esportista! Sua ‘maratona’ inclui atuar, cantar, dançar, além de se dedicar aos ensaios, preparações e driblar os inúmeros desafios da carreira. “Nós, atores de musicais, nos consideramos verdadeiros atletas e, como todo atleta, precisamos ter muita disciplina e estar sempre em forma. Esse é o maior desafio da profissão”, avisa Giulia Nadruz (32), protagonista do musical Funny Girl, que após temporada de sucesso na capital paulista acaba de aterrissar nos palcos cariocas.

Com currículo extenso e intenso, Giulia descobriu a paixão pelo teatro aos 16 anos. E nunca mais parou. “Já tive momentos em que desanimei um pouco da profissão por vários motivos, mas jamais pensei em desistir. Sou apaixonada pelo que faço e não consigo me imaginar trabalhando com outra coisa. A arte imita a vida, portanto, o show não pode parar assim como a vida sempre terá que seguir seu curso”, diz ela, em seu lar paulistano. E não é só a arte que ocupa seu coração, já que ela é noiva do economista Eduardo Rech. “Nos conhecemos na escola quando ainda éramos adolescentes, mas só viemos a ser namorados anos depois. Estamos juntos há seis anos, ele é um grande parceiro!”, conta ela, romântica assumida.

– Teatro no Brasil é difícil?
– Fácil não é! A Cultura no Brasil não é tão valorizada quanto em outros países, então, comparativamente, não temos tanto investimento e valorização do mercado teatral. Acho que nosso País tem que aprender a enxergar o ofício do artista como algo essencial para o bem-estar estar e bom funcionamento da sociedade.

– Sua personagem, Fanny Brice, abre mão de um amor pela arte. Já aconteceu com você?
– Toda escolha é uma renúncia. Escolhendo a carreira artística tenho que abrir mão de uma série de coisas como rotina, feriados, comemorações familiares... Sempre coloquei a carreira como prioridade na minha vida e meus relacionamentos — amorosos, de amizade ou familiares — precisaram compreender. Nem sempre foi fácil, mas acredito que quando se escolhe com o coração e as relações são verdadeiras, tende a dar certo.

– Atuar como protagonista tem uma responsabilidade diferente?
– Com certeza! Não é nada fácil estar à frente de uma grande equipe, todos contam comigo e dependem de mim e da qualidade do meu trabalho. Levo meu trabalho muito a sério, de forma sagrada. Sempre me dedico ao máximo para entregar o meu melhor e dar conta da responsabilidade.

– Fanny Brice é uma personagem forte. Em quais pontos se identifica com ela?
– Eu me considero uma mulher forte, determinada e ousada como ela. Também sou romântica, ambiciosa e já tive questões com autoestima. Compreendo bastante essa contradição que ela traz de oscilar entre a máxima confiança e a insegurança. Tudo isso me faz conseguir dar vida a ela de uma maneira muito verdadeira.

– Além de atuar e cantar, tem outro talento não revelado?
– Eu amo dançar, já dancei um pouco de tudo — jazz, balé, sapateado, dança do ventre, dança flamenca — e também já tive uma experiência legal com circo. Além disso, amo estudar línguas, tenho bastante facilidade.

– Você também se prepara para estrear a série O Som e a Sílaba, no Disney+. Gosta de desafios?
– O que mais gosto é poder migrar entre gêneros, então, depois de tanto tempo no teatro, foi gostoso poder voltar ao audiovisual. Também, pela primeira vez na carreira, cantei ópera de verdade em um trabalho e isso me demandou preparação vocal.

– Já passou algum ‘perrengue’ em cena? E como lidou?
– Já aconteceu de um tudo comigo em cena — cair no chão, ter crises de riso, perder objetos importantes em cena, ficar sem enxergar nada durante a gravação, lidar com 1 milhão de erros técnicos diferentes ou esquecer textos e letras de música. O importante é sempre manter a calma e improvisar!

– O que gosta de fazer quando não está nos palcos?
– Eu amo ler, estar em contato com a natureza, estar com meus amigos e a família, ver filmes e ir ao teatro, mas aí eu vou como plateia para variar! 

FOTOS: LUCAS CYRILLO

Tamara Gaspar é subeditora da revista CARAS e CONTIGO! Novelas. Formada em Jornalismo e Letras, possui extensão em Teoria da Comunicação e é especialista em monarquia. Escreve sobre celebridades, realeza, TV e novelas.

entrevista Revista CARAS Giulia Nadruz

Leia também

Adriane Galisteu opinou sobre suposta filha de Ayrton Senna: 'Achei parecidos'

Felipe Ricca rebate título de 'nepo baby': 'O tempo é mestre, ele mostra tudo'

Tati Machado faz confissão sobre autoestima: 'Somos muito mais do que vemos no espelho'

Lucas Mamede afirma na música sua identidade artística: 'Me vejo como um instrumento'

Hugo Gloss cria memórias em Portugal e revela experiência marcante: 'Roubou meu coração'

Isabelle Nogueira relembra vida difícil e revela transformação: 'Heroína da minha história'