"Fiquei sabendo que estou com câncer: E agora, o que eu faço?"

Redação Publicado em 31/05/2013, às 18h38 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

Saúde - Divulgação

O diagnóstico de câncer ainda causa um choque muito grande. Geralmente, essa doença é associada a algo incurável e o tratamento é considerado devastador. Não é incomum que
a primeira imagem que nos venha à cabeça seja a de uma pessoa debilitada, sem cabelo e que mal consegue caminhar sozinha. Mas esse quadro tem mudado muito nos últimos anos.
Atualmente, o tratamento do câncer contempla três grandes pilares: a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. Avanços importantes têm sido desenvolvidos no campo cirúrgico e na
quimioterapia, com cirurgias cada vez mais conservadoras — ou menos agressivas — e medicamentos menos tóxicos e muito mais aceitáveis pelo paciente.
O tratamento que mais tem evoluído, porém, é a radioterapia. A radioterapia utiliza uma espécie de radiação para eliminar o tumor. É eficaz e, em muitos casos, leva à cura completa. O que
ocorre, porém, é que, se essa radiação não for feita de maneira criteriosa e precisa no local exato do tumor, os órgãos vizinhos poderão sofrer sequelas irreparáveis. É daí que podem surgir queimaduras, sangramentos e diminuição da função desses órgãos.

Para reduzir esses efeitos colaterais, aparelhos modernos e sofisticados foram criados com um tipo especial de radioterapia, a chamada Radioterapia de Intensidade Modulada, também conhecida como IMRT. Através dessa tecnologia, a radiação é individualizada para as necessidades de cada paciente, protegendo os tecidos sadios ao redor e podendo tratar o tumor com doses mais altas de radiação. É como se a radiação fosse feita sob encomenda para cada indivíduo. A IMRT, hoje, é utilizada para os principais tipos de tumor, incluindo mama e próstata.
Assim, as pacientes com câncer de mama recebem um tratamento mais ameno para a pele e com menos risco de sequelas, como inchaço do braço ou problemas pulmonares.
No caso de homens com câncer de próstata, diminuem os riscos de impotência sexual e queimaduras na bexiga e no intestino. Outro tipo de tratamento radioterápico moderno e sofisticado
é a radiocirurgia. Essa modalidade especial de radiação só pode ser utilizada em casos bem selecionados, quando uma altíssima dose de radiação é dirigida a um ponto muito pequeno. Para isso, os aparelhos são calibrados milimetricamente, de modo a atingir o alvo com total precisão e segurança. E o melhor de tudo: sem uma gotinha sequer de sangue. O tratamento hoje em dia é totalmente não invasivo — sem cortes ou bisturis — e a eficácia, em certas situações, é semelhante à da cirurgia convencional. A radiocirurgia pode ser empregada em tumores cerebrais e da coluna. Aparelhos mais modernos — já disponíveis no Brasil — contam com um sistema “inteligente” que rastreia o movimento do tumor e a respiração do paciente. Desse modo, já podem tratar lesões nos pulmões, no fígado e no pâncreas.

Fica então o alerta: ninguém deve se desesperar ao confrontar-se com o diagnóstico de câncer. As novas modalidades de tratamento aumentam muito as chances de cura e o tratamento oncológico atual está cada vez mais voltado para o bem-estar, a autoestima e o retorno do indivíduo à sociedade.

Revista Saúde Saúde [11180]

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