Etimologia

CARAS Publicado em 31/07/2013, às 17h21 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

- -

Amostra: do mesmo étimo de monstro, do Latim monstrum. Em Latim, mostrar é monstrare, como em demonstrar. Amostra é variante de mostra. A Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) usa esta palavra na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, em que os dados mostram e demonstram nossa desigualdade social: os 10% mais ricos ficam com 45,8% da renda, e os 10% mais pobres ficam com apenas 0,8%. Os 20% mais ricos estudam três vezes mais que os 20% mais pobres e ficam 10,2 anos na escola; os pobres ficam 3,9 anos. Os mais atingidos são as crianças e os velhos, como sempre alertava a freira catarinense Zilda Arns (1934-2010), falecida em Porto Príncipe, capital do Haiti, tornando-se uma das 200000 vítimas que ela tentava ajudar, quando do terremoto devastador que atingiu aquele país. Ela se dedicou às pastorais da Criança e do Idoso, como revela o livro do também catarinense, professor e jornalista Osvaldo Della Giustina (76), Zilda Arns: Uma Grande História de Amor (Editora da Unisul): “Na Pastoral da Criança, são cerca de 261 mil voluntários, entre líderes comunitários e equipes de coordenação, que atuam em 42 mil comunidades carentes organizadas, de 4066 municípios em todo o País”.

Esperança: de esperar, do Latim sperare, de spes, esperança, como aparece na saudação a Maria (século I) na oração “Salve, Regina! Vita, dulcedo et spes nostra, salve” (“Salve, Rainha! Vida, doçura e nossa esperança”), que a cantora norte-americana Louise Veronica Ciccone, mais conhecida por Madonna (55), tornou célebre ao cantá-la na ópera Evita. E dá título a uma narrativa curta da catarinense Edla van Steen (77), que integra o livro Instantâneos (Editora Giostri), publicado no Brasil em edição bilíngue (Português e Francês): “Um casal exemplar, diziam os vizinhos. Não se sabia de uma rusga sequer. Trabalhavam juntos, saíam e voltavam abraçados. Um dia ele foi comprar cigarros e não voltou. A mulher, antes de dormir, coloca a chave embaixo do capacho, na entrada, e se arruma como se ele estivesse chegando. Há quinze anos”. O apóstolo São Paulo (século I) escreveu que as três maiores virtudes são a fé, a esperança e a caridade. Mas a principal é a caridade, cujo significado melhor no Latim Charitas é amor.

Floresta: do Latim forestis, variante de silva, selva. Ganhou o som e a letra “L” no meio por seus notórios vínculos com flor. Virou então floresta e não “foresta”. Quando Roma invadiu a Germânia, atual Alemanha, trouxe de lá a palavra Bosk, que adaptou para boscus, como variante de forestis. As florestas brasileiras compõem o maior bioma do mundo. Nossas três maiores florestas urbanas são a da Tijuca e da Pedra Branca, no Rio, e a da Cantareira, em São Paulo. 

Japonês: de Japão, nome de origem controversa, porque, em se tratando de pronúncia a ser registrada, no alfabeto, não em caracteres, as opções foram Cipango, Zeppen, Jepang e finalmente Japão em Português e Japan em Inglês, o Latim atual. Os japoneses, entretanto, denominam sua terra Nippon (na moeda, nos selos etc.) e Nihon, duas palavras com o mesmo significado: origem do Sol. Daí ser o Japão alcunhado de Terra do Sol Nascente.

Nipônico: do Japonês Nippon, adaptação do Mandarim i-pen-koue, reino do sol nascente. No século VI, um príncipe japonês saudou assim o imperador da China: “O imperador da terra onde o sol se levanta envia uma carta ao imperador da terra onde o sol se esconde. Como vai o senhor?”. O adjetivo nipônico como equivalente a japonês surge desta correção tardia de se ler e escrever o que foi ouvido. Também as tragédias daquele país trouxeram novas palavras ao Português, de que é exemplo tsunami. Em Japonês, tsu é porto, e nami é onda, que designa vaga marinha oriunda de maremoto ou erupção vulcânica, que se desloca a até 700 quilômetros por hora e costuma devastar regiões costeiras.

Tempura: de origem controversa, provavelmente do substantivo Português tempero e este do verbo temperar, do Latim temperare, misturar, combinar. Designa prato da culinária japonesa feito com frutos do mar, especialmente camarões, que são cobertos com farinha de trigo e ovos batidos, e em seguida fritos em óleo quente.

Revista

Leia também

Fernanda Torres exalta sua personagem em Ainda Estou Aqui: 'Era uma heroína'

Beatriz Souza relembra situação difícil na adolescência: ‘Um pesadelo’

Larissa Nunes imprime sua marca no streaming: 'Movida a desafios'

Viih Tube e Eliezer ignoram críticas: 'Se ela ouvisse, a gente não estaria junto'

Bento Veiga dá exemplos de força e superação: 'Nada pode ser limitador'

Viih Tube e Eliezer confessam amadurecimento em família: 'Casa tem que ser feita com amor'