Entrevista

Bryan Behr: a profecia que se concretizou

Com a música como sua grande cúmplice, o cantor Bryan Behr fascina multidões

Por Mariana Silva Publicado em 19/05/2023, às 12h03

Bryan Behr - FOTOS: PAULO SANTOS

Verdade seja dita, o misticismo nunca despertou interesse de Bryan Behr (26). O que o cantor não imaginava, porém, é que uma profecia se cumpriria em sua vida: “Na época em que eu estava no colégio, tinha uma menina que brincava de ler a mão das outras crianças. Um dia, ela leu a minha. Disse que eu seria cantor e compositor e usaria o nome artístico de Bryan Behr. Então, ela fechou a minha mão, colocou em meu peito e saiu”.

Anos depois, ao iniciar a carreira, o cantor não teve dúvidas e, de Bryan William, passou a ser o artista que conhecemos hoje. “Aquela menina do colégio sempre me via com um violão. Acho que, de alguma forma, ela só teve uma sensibilidade muito grande para enxergar os meus medos, embora fosse muito aparente meu desejo de seguir carreira artística”, afirma ele.

Voz do hit A Vida É Boa com Você, que viralizou nas redes sociais somando mais de 2 milhões de vídeos criados com a faixa como trilha sonora, Bryan se tornou um verdadeiro fenômeno e tem emocionado multidões com sua maneira de “contar histórias”, como ele mesmo diz, por meio da música. “Eu entendi, depois de muito tempo, que escrever é a forma que encontrei para a minha vida fazer sentido no mundo. É até um pouco egoísta, mas fico muito feliz em ver que as coisas que eu escrevo para fazer sentido para mim também fazem sentido para as outras pessoas”, avalia.

Com cinco anos de carreira e dono de um estilo musical livre, o cantor celebra o sucesso do último EP, composto por diversas versões do single Conversas de Travesseiro, bem como o emocionante álbum Todas as Coisas do Coração, enquanto trabalha os preparativos de um novo projeto a ser lançado ainda neste ano. Mas, embora viva o melhor momento profissional, Bryan revela que, em seu caminho, nem tudo foi tão positivo assim. A motivação para iniciar a vida artística, com a qual tanto havia sonhado, por exemplo, só surgiu após enfrentar uma depressão, entre 2016 e 2017. “Eu adoeci, literalmente. Foi algo muito forte e muito significativo para mim”, conta. “Sempre que eu pegava o violão e fazia qualquer melodia, por mais boba que fosse, me sentia mais disposto. Durante muito tempo, escrevi músicas pelo simples fato de que não queria tirar o violão do colo e, todas as vezes que escrevia uma canção, era como se ganhasse uma injeção de ânimo para conseguir ficar mais uma semana ou, pelo menos, duas horas, feliz”, completa ele, que jamais imaginou chegar tão longe. “Tudo o que aconteceu, seja as músicas chegarem às plataformas, os shows e as pessoas cantarem comigo, são detalhes muito importantes. Mas só faço o que faço para ficar feliz”, entrega.

Bryan busca inspiração no cotidiano e se considera um grande admirador da vida e das pessoas. “A gente vive um período tão veloz e tão estranho, que as pessoas não têm muito tempo nem sensibilidade para entender que tudo que está acontecendo é muito fantástico”, reflete. “A criatividade está sempre ali. Ela até bate à porta, mas não gira a maçaneta”, garante ele, que dribla o assédio e dispensa rótulos artísticos. “As pessoas que me acompanham costumam ser respeitosas”, garante, aos risos.

Para além da poderosa ferramenta de encantar o público com suas canções, ele ainda demonstra talento para as artes plásticas. Atualmente, inclusive, Bryan divulga algumas de suas telas para venda e tem um perfil exclusivo para isso nas redes sociais. “Eu já pintava antes, mas, com a pandemia, senti um buraco no peito e comecei a pintar com tanta frequência que já não tinha mais onde enfiar quadros na minha casa”, recorda. “As pessoas começaram a se interessar, então, tive que entender como funcionava o mercado de artes plásticas para não ser um babaca com os artistas que já estão fazendo isso há muitos anos. Atualmente, eu já consegui vender 95% de todos os quadros que pintei”, pontua.

Quando questionado sobre os próximos passos, o futuro e seus anseios, Bryan garante ter ambições tranquilas, exceto uma: levar seu show para um estádio. “Tenho um caderno e na capa escrevi ‘Como Tocar num Estádio?’. Nele, anoto tudo que eu acho que tem que ser feito para tal”, entrega, aos risos. “Não há nada que se eu não concretizasse minha vida acabaria, sabe? Antes de ser Bryan Behr, sou o Bryan William, que é filho da Adriana e do Jefferson, irmão da Lívia e namorado da Ana. Tenho, sim, uma autocobrança enorme, mas a verdade é que, quando estou com eles, lembro que sou apenas um menino que toca violão”, diz.

FOTOS: PAULO SANTOS

entrevista Revista CARAS bryan behr

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