Estilista se volta para figura das amazonas e cria coleção que destaca a força da mulher

O início do desfile da Dior nesta temporada spring 25 em Paris já demonstrava as principais inspirações da estilista italiana Maria Grazia Chiuri (60). Dando sequência à sua saga de manifestar a força feminina por meio de roupas, acessórios e nos próprios contextos de seus desfiles, a estilista, desta vez, se volta para a figura das amazonas.

Em seu moodboard estavam as amazonas que, segundo a mitologia grega, integravam uma nação de mulheres guerreiras que se destacavam por suas habilidades equestres, de arquearia e de combate, comandadas pela rainha Hipólita; representações da mulher-maravilha (que se origina na mitologia grega) e imagens da artista italiana Sagg Napoli (33), que praticou tiro com arco durante todo o desfile, deram o tom da apresentação.

Essa ideia é manifestada pelas mãos de Chiuri por meio de referências estéticas na Grécia Antiga e em dinâmicas esportivas, representadas por parcas, jaquetas estruturadas, calças afiveladas, bonés e até mochilas. Aqui, Maria Grazia une dinamismo e sofisticação de uma maneira que já é muito presente em sua trajetória na Dior, representada por construções simples, mas não simplistas.

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Suas bases podem ser formadas em figuras mitológicas, mas a estilista desenvolve suas criações para mulheres reais. Tendo o body como ponto de partida e uma das principais peças desta temporada, a coleção possui um cenário funcional que se desdobra em múltiplas nuances de feminilidade, passando pela sensualidade das transparências, dos decotes e fendas proeminentes e assimetrias que revelam a silhueta de forma estratégica; temos pinceladas fortes de romantismo — que é notado nos comprimentos médios, na cintura marcada, nas saias e vestidos de shape aberto e nas franjas repletas de movimento — e uma dinâmica utilitária adulta, que dialoga com elementos femininos representados na coleção.

FOTOS: Getty Images