Refúgio do talentoso Paulo Borges: “Amo a natureza"

Idealizador do SPFW abre seu coração ao falar do filho, Henrique

Camila Suares Publicado em 27/08/2017, às 09h34

Paulo Borges - Martin Gurfein

Em um terreno de cerca de 7000 m², no condomínio projetado por Oscar Niemeyer (1907–2012) e Roberto Burle Marx (1909–1994), a 60km de SP, Paulo Borges (55) construiu um verdadeiro refúgio. “Eu amo a natureza! Este espaço foi a primeira compra que fiz quando comecei a ganhar dinheiro. Plantei cada árvore daqui”, conta, orgulhoso, enquanto caminha pela casa cheia de referências. “A maioria dos objetos tem uma história”, afirma.

Nome por trás do maior evento de moda da América Latina, o São Paulo Fashion Week, o expert ainda se admira com as voltas que sua vida deu. “Vim para São Paulo aos 18 anos para estudar Ciência da Computação. Minha história tomou rumos que eu jamais poderia imaginar. Não estudei Moda e nem é herança de família, mas tenho certeza de que é a minha missão. Sou dono do meu nariz”, diz Paulo, que nasceu em São José do Rio Preto, interior de SP.

O mundo da moda o encontrou quando conheceu a jornalista Regina Guerreiro. “Brinco que me apaixonei primeiro por ela.” Desde então, o tema esteve presente cada vez mais em sua vida. “Comecei a fazer muitos desfiles avulsos, depois veio o Phytoervas Fashion, em seguida o Morumbi Fashion e, por fim, o São Paulo Fashion Weeek”, conta. “Já ouvi de muita gente que esses projetos não dariam certo”, relembra. Hoje, o evento, que acontece duas vezes ao ano, é referência para o mundo. “Colocamos transexuais na passarela e, nessa última parada LGBT, choveram marcas querendo patrocinar o evento. Tudo está muito ligado, é um grande movimento”, afirma. E, mesmo diante da crise financeira do País, para Paulo, ter criatividade é o segredo do sucesso. “Sei fazer o evento com qualidade, mas claro que conto com a colaboração de parceiros maravilhosos. É um evento real, com propósitos reais. Envolve comportamento, música e estilo. As pessoas não se dão conta da complexidade que é realizar o SPFW”, garante.

Além disso, Paulo é autor dos livros Moda Feita por Brasileiros, em parceria com o fotógrafo Bob Wolfenson (63), e O Brasil na Moda, com o diretor de arte Giovanni Bianco (52). Também está mergulhando no universo da música com a direção dos espetáculos de Alice Caymmi (27), Fafá de Belém (61), Zé Manoel (37) e Carlinhos Brown (54). Artista completo, ele ainda assina diversas empreitadas feitas para o cinema e internet.

Mesmo à frente de tantos projetos, nenhum supera o papel de pai. “Sou um pai muito presente e parceiro, aprendi com os meus pais. Henrique é o amor da minha vida”, derrete-se Paulo, que adotou o menino, hoje com 12 anos, quando ele ainda era um bebê de pouco mais de 1 ano. “Tenho certeza de que o Henrique tem uma história muito especial, sei disso desde a primeira vez que olhei nos olhos dele”, conta Paulo, que conversa sobre tudo com o filho, inclusive sobre o fato de ser homossexual. No entanto, prefere não interferir nas escolhas profissionais do filho. “Os traços fortes dele chamam atenção. As pessoas ficaram loucas quando ele desfilou no Fashion Week. Mesmo assim não o pressiono, nunca soube falar sobre o futuro, prefiro fazer planos a curto prazo”, frisa.

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