Olimpíadas 2024

Por medalha, Rebeca Andrade abre mão de salto inédito; entenda a estratégia

Nos Jogos Olímpicos de 2024, a ginasta brasileira Rebeca Andrade vai deixar de lado o salto inédito Yurchenko com tripla pirueta. Entenda o motivo

Juliana Dracz

por Juliana Dracz

Publicado em 01/08/2024, às 13h24

Rebeca Andrade - Foto: Getty Images

Após conquistar o bronze histórico por equipes da ginástica artística, a ginasta brasileira Rebeca Andrade disputa a final do individual geral nos Jogos Olímpicos de 2024 nesta quinta-feira, 01. Para continuar no pódio, a campeã olímpica vai deixar de lado o salto inédito Yurchenko com tripla pirueta que submeteu para tentar homologar no código de pontuação. 

Isso porque a brasileira vai focar na execução em vez de aumentar suas notas de dificuldade. Em entrevista ao portal GE, o técnico Francisco Porath explicou a estratégia. "Tem atleta que você precisa colocar dificuldade para sair nota maior. No caso da Rebeca não. Ela tem uma nota boa, uma nota alta. Você colocar mais dificuldade, é o risco dessa nota final descer", iniciou.

"Então vamos nos manter seguros e consistentes. A gente está aqui em um processo que queremos ganhar o maior número de medalhas. Não tem essa de ganhar da Biles. Qualquer medalha. Como a de equipes, estamos muito felizes de sermos bronzeados. Poderíamos ser prata como no Mundial, poderíamos também, se competíssemos melhor. Então a Rebeca vai buscar resultados inéditos para ela", explicou.

Rebeca disputa ao lado de Flávia Saraiva a final do individual geral, prova em que é a atual vice-campeã olímpica. Ela e Simone Biles são as favoritas, já que lideraram as classificatórias com vantagem para a americana: 59,566 x 57,700. E a brasileira tem margem para crescer em dificuldade em todos os aparelhos, mas isso traz riscos, já que as deduções de execução podem ser maiores que os bônus pela dificuldade.

"É como em Tóquio. A primeira medalha saiu com a Rebeca no individual geral, uma prata. Quando saiu já era inédita. A gente foi para a final (do salto) mais tranquilo. Ganhamos o ouro. Foi muito bom. Quando essa medalha já sai no número de finais que a gente tem, dá uma não digo tranquilidade, porque as finais são difíceis, são longos dias. Rebeca e Flávia têm de fazer os quatro aparelhos de novo. É muito desgastante. A gente vai vendo que um aparelho melhora um pouco, outro cai. Manter essa constância é difícil. Você com uma medalha no peito fica mais fácil, não tem essa carga de “preciso ganhar, preciso ganhar”. A gente vai estar bem tranquilo", completou o treinador.

Veja uma publicação recente de Rebeca Andrade:

 

Juliana Dracz

 Juliana Dracz é repórter de conteúdo do site CARAS. Formada em jornalismo pela Universidade Católica de Brasília, já passou por sites como Observatório da TV e Leo Dias. Escreve sobre novelas, celebridades e TV.

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